A Revelação de Mauro Cid e as Implicações para Bolsonaro
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-principal ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, trouxe à tona uma série de acusações em seu acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
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Nesse cenário, Bolsonaro é implicado em um suposto esquema de desvio de bens públicos e lavagem de dinheiro relacionados à venda de joias, incluindo um relógio Rolex.
Ligação de Cid com Bolsonaro
- Determinação Presidencial: Cid afirma ter recebido “determinação” direta de Bolsonaro para avaliar e vender um Rolex e outros itens de um kit de joias valiosas presenteadas pela Arábia Saudita.
- Homologação do Acordo: O acordo de delação foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 9 de setembro.
O que Aconteceu
- Contexto da Venda: Segundo depoimento de Cid, Bolsonaro estava preocupado com despesas pessoais no início de 2022, incluindo pagamentos de uma condenação judicial, gastos com mudança e transporte de presentes, e multas de trânsito. Ele questionou Cid sobre presentes de alto valor recebidos durante o mandato.
- Identificação dos Itens: Cid, então, consultou o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) para identificar os relógios presidenciais.
- Autorização para Venda: Cid alega ter recebido autorização direta de Bolsonaro para vender o Rolex de ouro branco da Arábia Saudita, considerado o item mais rapidamente vendável.
Resposta de Bolsonaro e Reações
- Autonomia do Ex-ajudante: Em agosto, antes da delação, Bolsonaro afirmou em entrevista que Cid tinha “autonomia” e que não ordenaria a venda de bens.
- Classificação da Delação: O procurador Carlos Frederico dos Santos, da PGR, classificou a delação de Cid como “fraca”. No entanto, ele solicitou novas diligências para reunir mais provas.
As revelações de Cid lançam luz sobre possíveis irregularidades, gerando debates sobre a legalidade dos atos e as implicações na imagem de Bolsonaro.