Ao longo de 40 dias de conflito entre Israel e o Hamas, o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma notável evolução.
As mudanças de tom se intensificaram após a conclusão da repatriação de cidadãos brasileiros e palestinos em processo de naturalização.
Vamos explorar a transformação no posicionamento de Lula, desde as primeiras declarações até a escalada de críticas a Israel.
Evolução do Discurso:
- Após Repatriação: As críticas de Lula atingiram novo patamar após a conclusão da repatriação de brasileiros e palestinos.
- Equiparação com o Hamas: Lula volta a classificar os ataques de Israel como terroristas, equiparando-os aos do Hamas em 7 de outubro.
Número de Mortos e Crianças Desaparecidas:
- Cenário em Gaza: O presidente destaca que o número de mortos em Gaza ultrapassa 11 mil, incluindo 5 mil crianças, além de 1,5 mil crianças desaparecidas.
- Críticas à Atuação de Israel: Lula critica a atuação de Israel, alegando que o país está “matando inocentes sem nenhum critério”.
Posicionamento Diplomático:
- Resposta do Ministério das Relações Exteriores: O governo Lula explica sua motivação para não classificar o Hamas como grupo terrorista, seguindo determinações da ONU.
- Pressão Bolsonarista: 61 deputados cobram o reconhecimento do Hamas como “organização terrorista”, resultando em uma nota oficial.
Genocídio e Acusações a Netanyahu:
- Termo “Genocídio”: Em 25 de outubro, Lula utiliza pela primeira vez o termo “genocídio” para descrever os ataques de Israel.
- Acusação a Netanyahu: Lula afirma que o primeiro-ministro de Israel deseja “acabar com a Faixa de Gaza”, denunciando a ação desproporcional.
Esclarecimento sobre Classificação do Hamas:
- Posicionamento Firme: Lula reafirma que o Brasil só reconhece como organização terrorista o que é reconhecido pelo Conselho de Segurança da ONU.
- Diferenciação: O presidente distingue o ato do Hamas como terrorista, enquanto não classifica o grupo como terrorista.
A evolução do discurso de Lula reflete a complexidade diplomática do conflito e as diferentes perspectivas sobre os eventos em Gaza.