Após a recepção do grupo de brasileiros repatriados de Gaza, as declarações do presidente Lula sobre a ação de Israel, as quais também classificou de terrorismo, geraram uma reação contundente do ex-Secretário de Comunicação e atual advogado de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten.
“Eu nunca vi uma violência tão bruta, tão desumana contra inocentes. Se o Hamas cometeu um ato de terrorismo e fez o que fez, o Estado de Israel também está cometendo vários atos de terrorismo ao não levar em conta que as crianças não estão em guerra, que eles não estão matando soldados, estão matando junto crianças. E depois, a destruição daquilo que as pessoas levam décadas para construir”, disse Lula.
O advogado do ex-presidente, Jair Bolsonaro (que vem sofrendo inúmeras derrotas no TSE e STF, além de estar inelegível) não gostou das palavras do presidente da república e foi as redes sociais.
Por volta das 0h30 desta terça, Wajngarten foi às redes atacar o presidente. Principal articulador de Bolsonaro com a representação sionista no Brasil, o ex-Secom afirmou que “Lula teve a desfaçatez de comparar Israel com o Grupo Terrorista Hamas”.
“Israel é o berço das 3 religiões: Católica, Judaica e Muçulmana. Ele ataca a todos em mais uma fala que só demonstra o quanto ele está descolado da realidade e da lucidez mínima que o Brasil necessita”, emendou Wajngarten, buscando inverter a narrativa ao dar interpretação própria à fala de Lula contra a ação dos sionista em Gaza.
A tensão diplomática se intensificou, revelando um conflito de narrativas na política brasileira em relação ao conflito no Oriente Médio.
Críticas de Lula e Resposta de Wajngarten:
- Tom Elevado de Lula: Durante a recepção, Lula classificou a ação de Israel como “terrorismo”, equiparando as Forças de Defesa de Israel ao Hamas.
- Ataque de Wajngarten: Nas redes sociais, Wajngarten acusou Lula de comparar Israel com um “Grupo Terrorista Hamas”, alegando que o presidente está desconectado da realidade brasileira.
Interpretação Conflitante:
- Narrativa de Wajngarten: O ex-Secom tenta inverter a narrativa, afirmando que Lula transformou a chegada dos brasileiros em um ato anti-Israel, destacando a diversidade religiosa de Israel.
- Posicionamento de Lula: Lula critica a falta de distinção de Israel ao bombardear hospitais e matar crianças, alegando que o Estado está cometendo atos de terrorismo.
Aprofundamento da Tensão Diplomática:
- Atuação como Articulador Sionista: Wajngarten, conhecido por articular a relação entre Bolsonaro e a representação sionista no Brasil, expressa descontentamento com as declarações de Lula.
- Conflito de Interesses: A tensão destaca as diferentes abordagens do governo brasileiro em relação aos conflitos no Oriente Médio.
Descolamento da Realidade ou Discordância Política?:
- Desfaçatez de Comparar: Wajngarten acusa Lula de desfaçatez ao comparar Israel com o Hamas.
- Lula e a Realidade Brasileira: Lula destaca a destruição resultante dos ataques israelenses e questiona a falta de consideração às vítimas civis.
O embate entre Lula e Wajngarten evidencia a complexidade das relações diplomáticas e políticas brasileiras em meio a questões internacionais sensíveis.