A vitória do candidato da extrema-direita Javier Milei nas eleições presidenciais da Argentina, no último domingo (19), foi recebida com preocupação pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Em nota, o partido alertou para os riscos da ascensão da extrema-direita na região.
Principais destaques:
- PCdoB afirma que vitória de Milei representa ameaça ao futuro democrático da Argentina e da América Latina.
- Partido compara vitória de Milei à eleição de Bolsonaro no Brasil, em 2018.
- PCdoB diz que Milei representa a síntese da extrema-direita na América Latina, com tendências autoritárias, alinhamento ao neoliberalismo e subordinação ao imperialismo estadunidense.
- Partido alerta que vitória de Milei representa retrocesso civilizacional, com desmonte de serviços públicos e ameaça aos interesses dos trabalhadores.
- PCdoB expressa solidariedade ao povo e às forças progressistas argentinas.
Corpo do texto:
A nota do PCdoB afirma que a vitória de Milei representa uma ameaça importante de retrocesso democrático para a Argentina e a região. O partido compara a vitória de Milei à eleição do ultra-direitista Jair Bolsonaro no Brasil, em 2018.
“A vitória de Milei guarda semelhança com o que aconteceu no Brasil em 2018, com a eleição do ultra-direitista Bolsonaro, quando houve uma normalização, pelas elites tradicionais e seus porta-vozes nos meios hegemônicos de comunicação, dos elementos mais perigosos do discurso neofascista, como se seus programas fizessem parte ‘do jogo político’ democrático”, diz a nota.
O PCdoB afirma que Milei representa a síntese da extrema-direita que floresceu com características peculiares na América Latina. O partido cita como características desse fenômeno as tendências autoritárias, o alinhamento ao modelo neoliberal concentrador de renda e riquezas, a mentalidade neocolonial e a subordinação ao imperialismo estadunidense.
“Milei representa um retrocesso civilizacional, com o desmonte de serviços públicos essenciais como saúde e educação, que significa, para além de uma ameaça concreta aos interesses dos trabalhadores e à democracia argentina, um revés para o projeto integracionista latino-americano e caribenho e a construção de um mundo de paz entre as nações”, diz a nota.
Ao povo e às forças progressistas argentinas, de tão arraigadas tradições de rebeldia e luta, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) expressa sua calorosa solidariedade, na certeza de que, unidos, saberão enfrentar e vencer os obstáculos em defesa da democracia, da justiça social e da soberania nacional do país irmão”, finaliza a nota.
Leia a íntegra:
A vitória do candidato da extrema-direita, Javier Milei, no segundo turno da eleição presidencial argentina do último domingo (19), representa uma ameaça importante de retrocesso democrático para o país vizinho e nossa região.
A vitória de Milei guarda semelhança com o que aconteceu no Brasil em 2018, com a eleição do ultra-direitista Bolsonaro, quando houve uma normalização, pelas elites tradicionais e seus porta-vozes nos meios hegemônicos de comunicação, dos elementos mais perigosos do discurso neofascista, como se seus programas fizessem parte “do jogo político” democrático.
Milei representa a síntese da extrema-direita que floresceu com características peculiares na América Latina: tendências autoritárias ao relativizar em seus discursos instrumentos democráticos, alinhamento com o modelo neoliberal concentrador de renda e riquezas, mentalidade neocolonial e subordinação ao imperialismo estadunidense.
A vitória de Milei representa um retrocesso civilizacional, com o desmonte de serviços públicos essenciais como saúde e educação, que significa, para além de uma ameaça concreta aos interesses dos trabalhadores e à democracia argentina, um revés para o projeto integracionista latino-americano e caribenho e a construção de um mundo de paz entre as nações.
Ao povo e às forças progressistas argentinas, de tão arraigadas tradições de rebeldia e luta, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) expressa sua calorosa solidariedade, na certeza de que, unidos, saberão enfrentar e vencer os obstáculos em defesa da democracia, da justiça social e da soberania nacional do país irmão.