Argentina: Governo de Javier Milei criminaliza protestos e amplia poder da polícia

Diário Carioca
Javier Milei - Foto: Reprodução

O governo de Javier Milei, na Argentina, anunciou medidas autoritárias para reprimir protestos de rua.

As medidas criminalizam protestos pacíficos e concedem amplo poder às forças de segurança para fazer uso da força.

O que você precisa saber:

  • O governo argentino anunciou medidas para reprimir protestos de rua.
  • As medidas criminalizam protestos pacíficos e concedem amplo poder às forças de segurança.
  • As medidas foram duramente criticadas pelo Relator da ONU sobre Liberdade de Associação e Reunião Pacífica.

As medidas foram anunciadas em uma coletiva de imprensa liderada pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, na última quinta-feira (14). O governo argentino enfatizou a necessidade de evitar a interrupção do direito de locomoção dos cidadãos e anunciou punições severas para manifestantes que bloquearem vias públicas.

Durante a coletiva, Bullrich detalhou que as forças federais e o serviço penitenciário estarão prontos para agir durante os protestos. Ela afirmou que indivíduos flagrados cometendo infrações poderão ser presos imediatamente, rejeitando a possibilidade de criar rotas alternativas para o tráfego durante bloqueios.

As novas diretrizes do governo também buscam responsabilizar individualmente os participantes dos protestos, identificando instigadores e financiadores. Os custos operacionais da segurança pública serão cobrados dessas organizações e indivíduos. A ministra Bullrich também alertou que os responsáveis por levar crianças e adolescentes aos protestos poderão enfrentar punições.

O anúncio das medidas ocorre em meio a uma convocação de protestos nacionais por importantes centrais sindicais argentinas, agendados para o dia 20 de dezembro, em resposta ao arrocho salarial, à hiperinflação e ao empobrecimento crescente da população.

A situação se intensificou neste sábado, quando a polícia, seguindo as diretrizes do governo, expulsou indígenas que ocupavam a praça Lavalle em Buenos Aires há quatro meses. Os indígenas fazem parte do movimento Tercer Malon de La Paz e protestavam contra a reforma constitucional na província de Jujuy.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca