Foragido desde 2018, Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, líder da principal milícia do estado do Rio de Janeiro, se entregou à Polícia Federal (PF) no fim da tarde deste domingo (24). A prisão do miliciano foi comemorada pelo governo federal.
O que você precisa saber:
- Zinho, líder da maior milícia do RJ, se entregou à PF após pressão.
- A operação na casa da deputada Lucinha foi o estopim.
- Zinho estava com medo de ser preso.
Segundo informações do Blog da Camila Bomfim, do G1, a prisão de Zinho foi resultado de uma operação da PF que buscou provas na residência da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha, do PSD.
Lucinha é considerada o braço político da milícia de Zinho e era referida como “madrinha” pelos integrantes do grupo. As investigações revelam que a parlamentar e uma assessora mantiveram 15 encontros com Zinho somente em 2021, de acordo com dados da PF e do Ministério Público do Rio. Além disso, o contador de Zinho trocava mensagens com a deputada.
Este contexto, conforme indicam os investigadores, levou Zinho a se entregar, pois atingir a deputada significaria desmantelar todo o esquema. Um dos investigadores comentou sobre a forte ligação entre a narcomilícia e a política, destacando que “quando um setor é atingido, o outro também é afetado”.
Outro investigador revelou que “Zinho estava com medo, afinal o sobrinho dele foi morto, o que desencadeou os incêndios nos ônibus”, e sabia que as autoridades policiais estavam se aproximando de mais informações sobre a milícia. Consequentemente, isso inevitavelmente o envolveria.
A prisão de Zinho é um duro golpe para a milícia que domina a Zona Oeste do Rio. O miliciano era considerado um dos mais perigosos do estado e era responsável por uma série de crimes, incluindo extorsão, assassinato e tráfico de drogas.