O jornalista Breno Altman, fundador do Opera Mundi, recebeu uma notificação da rede social X (antigo Twitter) sobre um inquérito da Polícia Federal (PF) que requisita seus dados cadastrais.
A investigação, relacionada a postagens críticas ao Estado de Israel, gera controvérsias sobre liberdade de expressão. A Polícia Federal e a rede social X ainda não responderam aos pedidos de esclarecimento da Agência Brasil.
O que você precisa saber:
- Pedido de Exclusão pela Conib: A Confederação Israelita do Brasil (Conib) solicitou à Justiça a exclusão de postagens de Altman, alegando conteúdo “racista”. A 16ª Vara Cível de São Paulo determinou a exclusão em novembro do ano passado.
- Defesa de Altman: Breno Altman, judeu, afirma que suas postagens são antissionistas, não antissemistas. Ele distingue o sionismo como corrente político-ideológica, enquanto o antissemitismo é ódio aos judeus, defendendo sua liberdade de expressão.
A Manifestação da ABI e Apoios a Altman:
- Posicionamento da ABI: A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) critica o inquérito, considerando-o resultado de uma “reclamação descabida” da Conib. Para a ABI, é um possível assédio a um jornalista crítico, ameaçando sua liberdade de expressão.
- Apoio de Intelectuais: Altman recebe apoio de intelectuais, liderados pela historiadora Virgínia Fontes, destacando a diferença entre antissionismo e antissemitismo, criticando a tentativa de criminalizar suas opiniões sobre o governo de Israel.
Posicionamentos Políticos:
- Nota do PT: O Partido dos Trabalhadores (PT) classifica a investigação como “injusta e inaceitável perseguição política”, destacando o posicionamento de Altman contra o governo de ultra-direita de Israel.
- Repúdio da Conib: A presidente do PT, Gleisi Hoffman, é criticada pela Conib por afirmar que a entidade age em nome do governo de Israel, negando aos judeus o direito de rejeitar a doutrina sionista.