A venda da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, para um fundo árabe, é investigada por suspeita de irregularidades. A Polícia Federal (PF) apura se a negociação, realizada pelo governo Bolsonaro em 2021, foi abaixo do preço de mercado e se tem relação com as joias recebidas pelo ex-presidente em uma viagem aos Emirados Árabes.
O que você precisa saber:
- A refinaria Landulpho Alves, na Bahia, foi vendida por US$ 1,65 bilhão à Mubadala Capital, subsidiária do fundo soberano Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, em novembro de 2021.
- A Controladoria-Geral da União (CGU) constatou irregularidades no processo de venda da refinaria, apontando que a negociação pode ter gerado um prejuízo de mais de R$ 10 bilhões.
- A Polícia Federal (PF) investiga se a venda abaixo do preço de mercado tem relação com as joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em uma viagem aos Emirados Árabes.
O vice-presidente do PDT, Ciro Gomes, compartilhou nas redes sociais um trecho do debate presidencial de 2022, em que questionava Bolsonaro sobre a venda da refinaria. No vídeo, Ciro mesclou o trecho da pergunta com uma reportagem sobre os recentes escândalos envolvendo a refinaria.
O documento elaborado pela CGU também aponta que a negociação pode ter gerado um prejuízo de mais de R$ 10 bilhões. Segundo o relatório do órgão de controle, a RLAM, rebatizada posteriormente como Mataripe, foi vendida em um cenário de “tempestade perfeita” para negociações abaixo do preço do mercado, com incerteza econômica e uma cotação internacional do petróleo em baixa.