Ronnie Lessa, ex-policial militar condenado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, delatou à Polícia Federal que Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), foi um dos mandantes do crime. As Informações foram divulgadas pelo Intercept Brasil.
Após a repercussão, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que sempre teve seu nome atrelado ao caso se disse aliviado.
De acordo com Bolsonaro, a delação de Ronnie encerra questionamentos sobre sua participação no caso. “Para mim, é um alívio. Bota um ponto final nessa história. Em 2019, tentaram me vincular ao caso e me apontar como mandante do crime. Teve o tal do porteiro tentando vincular a mim [Lessa e Bolsonaro moravam no mesmo condomínio, na Barra da Tijuca, no Rio]. Eu estava na Arábia na ocasião e fui massacrado”, afirmou o ex-presidente à coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles.
O que você precisa saber:
- Ronnie Lessa delatou Domingos Brazão como mandante do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
- Brazão é conselheiro do TCE-RJ e ex-filiado ao MDB.
- Bolsonaro disse estar aliviado com a delação.
A delação de Lessa foi revelada nesta terça-feira (23) por veículos de imprensa. Segundo Lessa, Brazão ordenou o assassinato de Marielle Franco por causa de sua atuação política.
Marielle era uma vereadora do Rio de Janeiro filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e defensora dos direitos humanos. Ela foi assassinada em março de 2018, aos 38 anos.
Brazão é um político experiente com ligações com o mundo do crime. Ele foi deputado estadual pelo MDB do Rio de Janeiro entre 2007 e 2018. Em 2022, seu irmão, Chiquinho Brazão, foi eleito deputado federal pelo União Brasil.
A delação de Lessa é um importante avanço nas investigações sobre o assassinato de Marielle Franco. No entanto, ainda são necessários mais esclarecimentos para que os responsáveis pelo crime sejam responsabilizados.