A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), renovando o pedido de afastamento do ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito que investiga uma alegada trama golpista durante seu governo.
A solicitação, já negada anteriormente pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, agora fundamenta-se em argumentos que apontam o possível envolvimento de Moraes nos eventos sob investigação.
Os advogados alegam que Moraes, ao autorizar a Operação Tempus Veritatis, na qual se investiga a trama golpista, assumiu um papel que o colocaria como vítima central das supostas ações em apuração. A defesa destaca a existência de um decreto indicando um golpe de Estado, incluindo a prisão de Moraes, o que, segundo eles, gera um interesse pessoal do ministro no caso.
O que você precisa saber:
- A defesa de Bolsonaro recorre ao STF pedindo o afastamento de Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito.
- Argumentam que Moraes, ao autorizar a Operação Tempus Veritatis, se colocou como vítima central, gerando interesse pessoal no caso.
- Destaque para a existência de um decreto indicando um golpe de Estado, com a prisão de Moraes.
Alegações da Defesa: Os advogados de Bolsonaro sustentam que, na decisão autorizando a operação, Moraes desempenhou o papel de vítima, destacando planos de ação que visavam diretamente a ele. A defesa enfatiza que a investigação aponta para a existência de uma minuta de decreto que previa um golpe de Estado, com a prisão do ministro, argumentando que isso cria um interesse pessoal de Moraes no caso.
Apreciação do STF: O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, negou o primeiro pedido de afastamento, alegando falta de demonstração clara das causas justificadoras de impedimento. Agora, o novo recurso, um agravo regimental, será apreciado por Barroso, que pode rever sua posição ou encaminhar a argumentação da defesa para julgamento pelo plenário.
Investigações da Operação Tempus Veritatis: Segundo as investigações, a Operação Tempus Veritatis aponta que Bolsonaro e auxiliares diretos, incluindo militares do alto escalão do governo, teriam planejado um golpe de Estado após a derrota do ex-presidente na eleição de 2022.