No desdobramento da investigação e julgamento da tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023, a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, desperta uma análise diversificada entre os brasileiros, revela pesquisa do Datafolha.
Segundo os dados, 37% expressam aprovação ao seu desempenho, enquanto 33% manifestam desaprovação.
O que você precisa saber
- Pesquisa do Datafolha indica que 37% dos brasileiros aprovam a atuação de Alexandre de Moraes, enquanto 33% desaprovam.
- O ministro do STF emergiu como figura controversa devido à sua participação em casos relacionados ao radicalismo populista de direita.
Contexto político e judicial
Moraes emergiu como uma figura controversa no cenário recente da corte devido à sua participação em casos relacionados ao radicalismo populista de direita, que ganhou destaque com a ascensão de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência em 2018. Ele é o relator do inquérito das fake news, que ampliou-se para abranger uma série de atividades associadas ao movimento golpista bolsonarista.
Avaliações divergentes
Para os críticos de Moraes, sua atuação representa um poder excessivo e discricionário, enquanto os aliados do ex-presidente afirmam que ele é alvo de perseguição. Há apontamentos sobre erros formais em sua abordagem. Por outro lado, seus apoiadores enxergam seu trabalho como fundamental para a defesa da democracia em um momento crucial da história do país.
Divisão de opiniões
A pesquisa revela que entre os eleitores que apoiaram Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022, 60% consideram o trabalho de Moraes como ruim ou péssimo, em comparação com apenas 14% que o aprovam. Por outro lado, entre os eleitores de Lula, a aprovação da atuação de Moraes chega a 62%, enquanto apenas 10% expressam reprovação.
Análise dos dados
Quando analisamos os dados de acordo com a matriz ideológica dos entrevistados, observamos que os extremos se equivalem. No entanto, entre os que se declaram neutros, a avaliação sobre as ações de Moraes se divide igualmente em um terço para cada categoria: 30% aprovam, 29% consideram regular e 33% reprovam. As avaliações mais favoráveis vêm da classe média com renda entre 5 e 10 salários mínimos e dos maiores de 60 anos.
