Docentes, aposentados e servidores públicos argentinos iniciaram uma série de protestos nesta quinta-feira (4) contra as políticas do governo ultraliberal de Javier Milei. A paralisação, liderada por docentes do ensino secundário e universitário, contou com adesão de diversas entidades estudantis e sindicais, e incluiu repressão policial e mobilizações em frente ao Congresso Nacional.
O que você precisa saber:
Repressão Governamental: O governo de Javier Milei voltou a utilizar o protocolo anti-protestos, reprimindo docentes e aposentados durante um comício em frente ao Congresso Nacional. Os manifestantes exigem a recomposição de seus rendimentos e denunciam o ajuste brutal implementado pela administração de extrema-direita.
Demanda dos Docentes: Os docentes reivindicam a retomada da paridade salarial e a restituição do Fundo Nacional de Incentivo ao Professor (Fonid), revogado por decreto do governo Milei. A mobilização, convocada pela Confederação de Trabalhadores da Educação da República Argentina (CTERA), recebeu apoio de diversas entidades estudantis e sindicais.
Emergência Orçamental nas Universidades: As autoridades das universidades nacionais alertam para a emergência orçamental que poderá paralisar as atividades em junho, afetando mais de 170 mil professores universitários, 45 mil trabalhadores não docentes e cerca de dois milhões de estudantes.
Greve dos Servidores Públicos: Na sexta-feira (5), os servidores públicos iniciam uma greve nacional contra as demissões registradas pela Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE). A mobilização terá manifestações em todo o país, com destaque para os protestos na sede do Ministério da Economia, na Cidade Autônoma de Buenos Aires.
Reivindicações dos Servidores: Os servidores exigem a reintegração imediata dos trabalhadores demitidos, regularização dos vínculos contratuais e transferência para uma Central Permanente de todos os trabalhadores. O secretário-geral da ATE destacou a responsabilidade do governo Milei na escalada do conflito no Estado.
Aposentados em Acampamento: Aposentados e pensionistas permanecem acampados em frente ao Congresso Nacional para dialogar com os deputados. Eles se opõem à aprovação da Lei da Moratória e exigem consulta prévia sobre a Lei da Mobilidade. A mobilização dos aposentados é mais um sinal de resistência contra as políticas do governo Milei.