Durante uma audiência pública realizada pela Comissão Especial do Carnaval da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, organizadores de blocos carnavalescos pediram mais apoio e menos burocracia para os eventos de rua. A reunião, presidida pela vereadora Monica Benicio (PSOL), abordou as dificuldades enfrentadas pelos blocos menores e independentes.
O que você precisa saber:
- Evento: Audiência pública sobre o carnaval de rua do Rio.
- Data: Quinta-feira, 25.
- Local: Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
- Presidência: Vereadora Monica Benicio (PSOL).
Problemas Apontados
Os representantes dos blocos criticaram o atual modelo de patrocínio e organização adotado pela prefeitura, que segundo eles, favorece apenas grandes eventos e deixa os menores sem suporte. A burocracia excessiva para a legalização dos blocos também foi destacada como um obstáculo significativo para os organizadores de cultura popular.
Reivindicações dos Organizadores
Os organizadores propuseram o fim do modelo de caderno de encargos, que exige que uma empresa vença uma concorrência para patrocinar a festa, e defendem uma gestão que valorize mais a cultura do que o lucro. Eles sugerem que a Secretaria de Cultura assuma a responsabilidade pela organização do carnaval, em vez da Riotur, que é uma empresa de turismo.
Perspectivas e Diálogo Aberto
Victor Belart, pesquisador do carnaval, apresentou um relatório indicando que a maioria dos produtores culturais classifica a experiência de trabalhar no carnaval como negativa. Juliana Costa da Liga Coreto questionou a adequação da Riotur para gerir o evento, e Veruska Delfino da Secretaria de Cultura afirmou que a pasta está aberta a diálogos para melhorar o acesso ao fomento público.
Ausência Notada
A Riotur, convidada para participar da discussão, não enviou representantes à audiência, o que foi notado pelos presentes e reforçou a percepção de descompromisso com as demandas dos organizadores de blocos.