Madonna ressuscita orgulho carioca e prova que idiotas não sabem usar controle remoto

JR Vital
Madonna e Pabllo Vittar resgataram as cores do Brasil em uma apresentação memorável - Foto: Reprodução X

Madonna, maior artista feminina viva no mundo (Mick Jagger e Paul McCartney disputam o posto masculino), deu ao Rio de Janeiro um dos maiores espetáculos da história.

No encerramento de sua turnê “The Celebration Tour” a cantora deixou o mundo inteiro com vontade de estar na Cidade Maravilhosa. Ela falou das belezas naturais incontestáveis, falou da energia do povo do Rio de Janeiro, que é insuperável, afinal viver nesta cidade não é para amadores, e mostrou como o verdadeiro carioca é acolhedor, democrático e diversificado.

O espetáculo, foi muito mais que um simples show, teve de tudo. Musicalmente, Madonna destila versatilidade, passando por hits de sua carreira, releituras com estilos inovadores, teatro, dança e uma das melhores coisas que qualquer artista pode fazer: Ativismo.

Sem citar nomes, sem citar movimentos, a Rainha deu na cara dos hipócritas, massacrou a extrema direita e comoveu o mundo com homenagens mais do que justas. Mesmo com um espetáculo tão sensacional, Madonna recebeu críticas de quem não não sabe o que é Dó, mas quer ver o Brasil retroagir em Ré.

Muitos dos que criticam o show de Madonna apoiam declarações de Jair Bolsonaro sobre estupro, de Nikolas Ferreira, por defender o Nazismo, de gente que acha que a morte é a solução.

As participações especiais cumpriram seu papel. Anitta mostrou que é possível sim, com esforço, trabalho, dedicação sair da pobreza e chegar ao estrelato. Já Pabllo Vittar, que se apresentou com as cores do Brasil e a camisa da Seleção Brasileira, representou a liberdade de ser o que se quer, de ser quem se é, sem amarras, livre. Sem contar que o tapa na cara da extrema-direita, sem citar nenhum dos fascistas, foi de garbo e elegância.

Eduardo Paes, que fez investimento pesado, está comemorando, mesmo sendo bombardeado com críticas. O prefeito do Rio de Janeiro tem todos os motivos do mundo para celebrar, deu tudo certo, a noite foi mágica e o Rio de Janeiro foi assunto no mundo todo.

Paes está longe de ser o melhor político que existe, ao contrário, tem um sem fim de defeitos graves, mas não se pode negar que exalta sua cidade e trabalha por ela. Falta resolver muita coisa no Rio, principalmente no quesito segurança, mas essa questão não é da alçada de Paes, mas sim do religioso Claudio Castro, que foi um grande oportunista no show de Madonna, o que não é novidade.

Sodoma, Gomorra e os estúpidos que não sabem usar o controle remoto

Se a maior parte dos cariocas está orgulhosa de sua cidade, está feliz com a diversão proporcionada por um grande evento grátis e sem filtros, uma parcela de direitistas e evangélicos hipócritas está revoltada. Há pelo menos uma dezena de canais de TV aberta, apenas um transmitiu o show de Madonna, mas foi exatamente este canal que os ignorantes resolveram assistir na noite de sábado.

Houve simulação de sexo no palco, mas não houve um pastor, ou um padre abusando de crianças de verdade. Houve amor verdadeiro entre iguais, mas não houve ódio e contrariedade ao mandamento de Deus: Amar ao próximo como a ti mesmo. Houve o Brasil, um país tropical e diverso representado por todas raças e comunhão. 

Todos os idiotas hipócritas que assistiram ao show de Madonna, para irem às redes sociais expor suas ideias retrógradas e cheias de ódio só corroboram o sucesso da Rainha do Pop, do Rio de Janeiro e do amor, seja ele manifestado da maneira que for.

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Por JR Vital
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.