Já faz muito tempo que o mundo das guitarras deixou de ser um território exclusivo dos homens. Prova disso são as bandas que apresentam cada vez mais mulheres mostrando virtuosismo no universo dos riffs e solos. Um excelente exemplo é Marise Marra, que chega ao seu segundo álbum, intitulado Arrebatador, dando provas de que seu talento não está apenas em sua voz marcante, ou em suas belas composições, mas também no perfeito domínio das cordas da guitarra elétrica.
Em Arrebatador, CD que foi produzido pela própria Marise, a cantora e guitarrista mostrou polivalência e talento singular ao gravar as linhas de baixo, violão, violão de 12 cordas e teclado.
Para não dizer que o álbum foi um processo solitário e isolado, Marise contou com as brilhantes participações especiais de Luiz Carini que solou bonito em “Amarras”, Dada Cyrino que dividiu os vocais de “Luta” e “Everything” e de Nenê Silva que se responsabilizou pelo baixo de “Luta” canção composta por Marise em parceria com Willian Figueiredo. Já a bateria nervosa e ficou por conta do craque Alan Marques.
Para sabermos mais sobre a produção do álbum e sobre os planos de nossa musa das guitarras, o Visto Livre Magazine foi conversar com a cantora que revelou detalhes da produção e de sua bela carreira. Confira abaixo como foi nosso bate papo.
Visto Livre: Marise, quais foram as diferenças fundamentais entre a produção do primeiro disco e do segundo?
Marise Marra: No primeiro disco, embora eu tenha escrito e arranjado todas as canções, foi gravado com a banda. Gravei as guitarras, violões, baixo em 4 músicas e voz.
A produção foi assinada pelo guitarrista, produtor e arranjador Tony Babalú. Fizemos um disco mais cru e fiel à formação power trio.
Já o conceito de produção do segundo álbum é mais abrangente. Além de compor, arranjar e produzir, gravei as guitarras, violão de 6 e 12 cordas, baixo, teclado e vocais. Enfim, o “ARREBATADOR” foi gravado por mim e pelo baterista Alan Marques, que por sua vez, também realizou um excelente trabalho.
Visto Livre: Você atuou fazendo as linhas de cordas como foi esse processo?
Marise Marra: Durante a pré produção em minha casa, criei e registrei em meu estúdio digital todas as partes de guitarras, baixo, violões e voz. O resultado foi excepcional e motivador. Eu estava pronta p/ atacar. Quando iniciaram as sessões no estúdio, reproduzi todas as linhas que havia criado, mas alguns detalhes nasceram durante as gravações. Primeiro gravei as bases dobradas de guitarra e os overdubs. Depois os violões, baixo, teclado (em uma faixa), solos de guitarra e, por último, os vocais.
Visto Livre: Qual sua relação com a guitarra?
Marise Marra: A guitarra é uma extensão do meu corpo e da minha alma. Através dela eu me mostro, berro o que há de melhor e pior em mim.
Visto Livre: Qual a melhor tradução de Marise Marra?
Marise Marra: Determinada, clara… não tolera frescuras e gente complicada… acredita no que faz, porque faz com paixão. Acredita que a vida é mais simples do que pintam, as pessoas é que bagunçam.
Visto Livre: Que som você considera Arrebatador?
Marise Marra:”Atados Como Nós” e “Luta”.
Visto Livre: O que almeja para sua carreira daqui para frente?
Marise Marra: A princípio, divulgar o álbum “ARREBATADOR” e fazer com que alcance o máximo de pessoas possível. Depois partir para o próximo, o próximo…
Como projeto futuro, pretendo compor trilhas para cinema.
Visto Livre: Como está a agenda?
Marise Marra: Este mês foi necessário apertar o “pause” para atender a imprensa e me dedicar às gravações, mas a partir de setembro estaremos na estrada.