Presença bissexta nos palcos brasileiros e ausente desde 1972 do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – vinculado à Secretaria de Estado de Cultura –, a ópera Lucia di Lammermoor, de Gaetano Donizetti, ganha nova montagem a partir de 14 de maio, com direção e cenografia de Alberto Renault. Uma das mais conhecidas obras do autor italiano, a ópera reunirá grandes nomes da cena lírica brasileira – como Rosana Lamosa, Luciano Botelho, Lício Bruno, Rodolfo Giugliani, José Gallisa, Carla Odorizzi, André Vidal e Ricardo Tuttmann –, além da argentina Paula Almerares e o colombiano Cesar Gutierréz. O espetáculo também conta com premiada ficha técnica, que inclui a figurinista Claudia Kopke, o iluminador Maneco Quinderé e a coreógrafa Márcia Milhazes. À frente da Orquestra e Coro do TMRJ estará o maestro Silvio Viegas.
“É uma oportunidade de trazer ao carioca uma das mais belas óperas de Donizetti e do repertório mundial, há muito afastada dos palcos da cidade”, destaca a presidente da Fundação TMRJ, Carla Camurati.
Para esta encenação, Alberto Renault criou uma sucessão de quase 200 planos sobrepostos em diferentes níveis, que se estendem para o alto até o fundo do palco, perdendo-se de vista. “O cenário é um elemento determinante na concepção desta montagem e traduz visualmente a relatividade dos personagens. Dependendo do plano em que nos encontramos, somos maiores ou menores que os outros, como a competição ou a política, por exemplo, nos ensina. O amor tenta nos colocar em um mesmo plano, mas nem sempre consegue. É uma metáfora das relações humanas”, explica. Com altos e baixos, alturas e abismos e sem um céu visível, sua geografia remete às falésias da Escócia, país onde se passa a história, mas pode sugerir também um labirinto de Escher. Em ambos, a ideia é de opressão, onde os personagens estão presos ou prestes a cair em um abismo. “Lucia é uma revolucionária, uma ficcionista, que inventou amar em uma época em que casamento era um negócio entre famílias. Minha encenação busca ver, ao movimentar os cantores como num jogo de xadrez, que o jogo do amor e das hierarquias tem sua beleza, apesar dos sofrimentos. E que as almas, como diz o personagem de Edgardo, apesar do vazio, ainda podem enamorar-se”, conclui.
Inspirado no século XVII, época em que a história se passa, o figurino dá o tom do conto de fadas macabro que está em cena, com roupas escuras e sombrias: “Um mundo masculino cercando a feminilidade rosa e branca de Lucia”, descreve a figurinista Claudia Kopke, parceira de Renault em outras encenações.
Ópera do prolífico compositor italiano Gaetano Donizetti – autor de mais de 70 títulos, entre eles O Elixir do Amor, Don Pasquale eLucrecia Borja – e libreto de Salvatore Cammarano, Lucia di Lammermoor, de 1835, foi baseada em um dos romances do escritor escocês Walter Scott – A noiva de Lammermoor(The Bride of Lammermoor), de 1819 –, que faziam grande sucesso no início do século XIX e inspiraram diversas outras óperas. Muitos afirmam que o livro foi baseado em uma história real, ocorrida na Escócia.
A história
No século XVII, na Escócia, Lucia di Lammermoor é forçada por seu irmão Enrico a casar por interesse com Lord Arturo para salvar as finanças da família. Ela, no entanto, vive um amor secreto com Edgardo Ravenswood, cuja família é inimiga política dos Lammermoor. Diante de uma fonte, os dois trocam alianças antes de Edgardo partir em viagem para a França. Enquanto isso, Normanno, capitão da guarda de Enrico, intercepta a correspondência do casal e forja uma carta de Edgardo, em que este afirma estar envolvido com outra mulher. Ao ver a carta, Lucia fica arrasada e, por insistência do irmão e do Capelão Raimondo, seu tutor, acaba aceitando o casamento arranjado. Durante a festa, Edgardo chega e reivindica sua noiva, afirmando que os dois estão comprometidos. Ao ver o contrato de casamento assinado, Edgardo arranca a aliança de seu dedo e sai, amaldiçoando a noiva. Fora dali, Enrico e Edgardo marcam um duelo, enquanto Raimondo interrompe a festa anunciando que Lucia enlouquecera e matara Arturo. Lucia entra coberta de sangue e, recordando seus encontros com Edgardo, imagina estar com ele na noite de seu casamento, prometendo encontrá-lo no paraíso. Fora dali, Edgardo lamenta ter que partir sem a amada e espera que o duelo lhe tire a vida mas é avisado por convidados vindos do Castelo de Lammermoor que Lucia está à beira da morte e lhe chama. Quando está quase chegando, Raimondo anuncia a morte de Lucia. Decidido a encontrá-la no Céu, Edgardo apunhala-se.
Os intérpretes
Paula Almerares, soprano (Lucia)
A soprano iniciou seus estudos em Buenos Aires com Mirtha Garbarini e depois na França, com Janine Reiss. Sua estreia operística foi como Musetta, em La Bohème, de Puccini, no Teatro Argentino de La Plata, e em 1993, no Teatro Colón, como Antonia, em Les Contes d’Hoffmann, ao lado do tenor Alfredo Kraus. Com este papel ganhou o prêmio de Melhor Cantora argentina, concedido pela Associação Argentina de Críticos Musicais.
Na Europa, fez seu debut em 1995, com Orfeu e Eurídice, em Veneza. Desde então, tem se apresentado nas Américas do Sul e Norte, assim como na Europa, em teatros como o Colón, Metropolitan Opera, Washington Opera, Pittsburgh Opera, Teatro La Fenice, Verdi di Trieste, Teatro San Carlo, em Nápoles, Carlo Felice, em Gênova, Teatro Regio de Turim, e Teatro Lirico de Cagliari. Atuou ao lado de grandes cantores líricos e regentes como Alfredo Kraus, Plácido Domingo, Mirella Freni, Juan Diego Flórez, Lorin Maazel, Sir Neville Marriner, Renato Bruson e Zubin Mehta. Em seu repertório estão os principais papeis de Manon, Fausto, Lucia di Lammermoor, Turandot, La Traviata, Romeu e Julieta, La Bohème, entre outros. É ainda experiente intérprete de música de câmara e coral, como Le Martire de Saint-Sebastien, de Debussy, com a Orquestra Sinfônica de Londres; Requiem de Mozart e de Brahms; Stabat Mater, de Rossini; Magnificat, de Bach; para citar alguns. Faz turnês regulares com o maestro Claudio Scimone, apresentando obras de Mozart, Haendel, Albinoni e Mercadante.
Rosana Lamosa, soprano (Lucia)
Vencedora do Prêmio APCA de melhor cantora erudita em 1996 e do Prêmio Carlos Gomes, em 1999 e 2002, por sua carreira de destaque na música lírica, a carioca Rosana Lamosa fez sua estreia em 1989, em São Paulo, cantando As bodas de Fígaro, de Mozart. No exterior, debutou como solista ao lado da Stadttheater de St Gallen, Suíça. Cantou na ópera Il Guarany, em Lisboa;Armide, de Gluck, no Festival de Buxton, Inglaterra, e Rigoletto, em Detroit, além de ter excursionado pela Ásia e Austrália. No Brasil, participou de La Traviata, Carmen, La Bohème, L’Elisir D’Amore, Don Giovanni, Manon, Anel do Nibelungo, entre muitas outras, e das estreias mundiais de Alma,de Claudio Santoro, e A tempestade, de Ronaldo Miranda. Como concertista, tem no currículo obras como A Criação, de Haydn, Sinfonia nº 2, de Mahler, Nona Sinfonia de Beethoven e Te Deum, de Dvorak.
Cesar Gutiérrez, tenor (Edgardo)
O colombiano iniciou sua carreira internacional a partir de 1991, apresentando-se na Áustria, Espanha, Noruega, França, Itália, Alemanha, Bulgária, Rússia, Japão, Suíça e Turquia, assim como na América do Norte e América do Sul. Neste mesmo ano, venceu o Prêmio Andrés Segovia para a interpretação da música espanhola em Santiago de Compostela e o primeiro prêmio no Concurso de Canto Maria Callas. Em seu repertório estão papeis como Macduff em Macbeth, Ernesto em Don Pasquale(Lucerna) a operetaDie lustige Witwe, Almaviva em O barbeiro de Sevilha, no Gran Teatro Carlo Felice, em Gênova, e Lindoro em L’Italiana in Algeri, na Ópera de Oslo Norske. Ou ainda Tebaldo em I Capuleti ed I Montecchi, de Bellini, e Rodrigo em Otello, de Rossini, Don Ottavio emDon Giovanni. Sua estreia como Rodolfo em La Bohème foi na Greek National Opera em Atenas (2002), onde ele também cantou Alfredo em La Traviata um ano depois. Fez ainda uma bem-sucedida estreia como Duca di Mantova, em Rigoletto, no Buda Festival Internacional de Música (Noruega, 2002), e como Edgardo, em Lucia di Lammermoor, na Ópera Nacional em Lima (Peru).
Luciano Botelho, tenor (Edgardo)
Radicado em Londres, o tenor carioca desenvolve extensa carreira internacional desde 2005, quando interpretou Il Principe em La Bella Dormente nel Bosco, de Respighi, em Portugal. Cantou ainda Ramiro em La Cenerentola, no Teatro Nacional de Belrgrado, na Sérvia; Fenton em Falstaffe Rinuccio em Gianni Schicchi, em Londres. Em 2007, foi o único representante brasileiro no concurso “BBC Cardiff Singer of the World”. Participou em 2002 do VI Festival de Ópera de Manaus, em “D. Giovanni” (Mozart). Bacharel em Música Sacra pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, foi premiado como Melhor Intérprete da Música de Oscar Lorenzo Fernandes, no Concurso Francisco Mignone/2000, e 3º lugar e Melhor Intérprete de Música Brasileira, no Concurso Amália Conde/2001.
Licio Bruno, barítono (Enrico)
Considerado um dos principais intérpretes eruditos do Brasil pela crítica especializada, o baixo-barítono Licio Bruno, radicado na Europa desde 1995, desenvolve carreira em palcos da Itália, Espanha, Alemanha, Suíça e Hungria. Há dez anos é artista convidado da Ópera de Budapeste. Prêmio Carlos Gomes de 2004, recebeu seis primeiros prêmios em concursos nacionais e dois internacionais. Em 2002, tornou-se o primeiro brasileiro a interpretar o papel de Wotan em Die Walküre’, de Wagner, durante o VI Festival Amazonas de Ópera. Em 2008, celebrou 20 anos de carreira com o papel-título de Falstaff, no Palácio das Artes (BH) e Theatro Municipal de São Paulo. Acumula em seu currículo as óperas A Flauta Mágica, O Barbeiro de Sevilha, Rigolett,I Pagliacci, Tannhaüser, As Bodas de Fígaro, O Cientista, Romeu e Julieta, La Gioconda, Madama Butterfly e Stabat Mater, entre muitas outras.
Rodolfo Giugliani, barítono (Enrico)
Aluno de Benito Maresca, o jovem barítono paulistano de 26 anos Rodolfo Giugliani, que iniciou seus estudos de canto aos 14 anos, acumula diversos prêmios em sua carreira, incluindo o de finalista do IX Concurso Jaume Aragall, na Espanha, além do Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas e Concurso de Canto Aldo Baldin. Em agosto do ano passado, foi premiado em 2º lugar no concurso Vozes do Brasil – Prêmio Nacional de Canto Lírico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em seu repertório incluem-se as óperas Rigoletto, Attila, Madame Butterfly, Le Villi, Tosca, La Traviata, Gianni Schicchi, I Pagliacci, Carmen, Cavalleria Rusticana, oratório Colombo e Lo Schiavo.
José Gallisa, baixo (Raimondo)
Ganhador de prêmios como o Carlos Gomes de Destaque Vocal Masculino de 1996, o mineiro José Gallisa é formado em canto pela Universidade Federal de Minas Gerais e pela Faculdade de Música Carlos Gomes e pós-graduado na Opera Course, da Royal Academy of Music, em Londres, onde estudou com Glenville Hargreaves. Em sua estada na Inglaterra, trabalhou com maestros como Sir Colin Davis, em Le Nozze di Figaro, de Mozart, e Lotario, de Haendel, além do Requiem, de Verdi, no Barbican Hall. Ao lado de diversas companhias de ópera, apresentou-se na Holanda, Japão, França e Emirados Árabes, em óperas como Cosi fan tutte, de Mozart; Il Trovatore, de Verdi, e Amahl and the night visitors, de Menotti. No Brasil, participou de Pescador de Pérolas(Bizet), Don Giovanni (Mozart), Tannhauser (Wagner), Un Ballo in Maschera, Aida, Otelo, Falstaffe La Traviata, todas de Verdi, sob a regência de maestros como Isaac Karabtchevsky, Sigfried Köller e Eugene Kohn, e direção de cena de Hugo de Anna, Werner Herzog, Aidan Lang e John Copley, entre outros. Em 2001, fez 70 apresentações de Carmen (Bizet), com a London City Opera, no papel de Zuniga, em Nova Iorque, Atlanta, San Diego e outras capitais norte-americanas.
Carla Odorizzi, mezzo-soprano (Alisa)
A paulistana Carla Odorizzi é formada pelo Conservatório Brasileiro de Música, tendo se especializado na Academia Chigiana, em Siena, Itália. Desde 2001, é artista do TMRJ, e interpretou personagens como Charlotte, da ópera Werther, de Massenet; eCherubino, de Le Nozze di Figaro, de Mozart. Participou ainda de Cosi fan Tutte (Mozart), La Cenerentola (Rossini) e L’Italiana in Londra (Cimarosa) no projeto Ópera no Bolso, realizado no Teatro Carlos Gomes e Sala Baden Powell, que atingiu mais de cinco mil crianças em cinco anos. Sob a regência de Silvio Barbato, foi solista no Theatro Municipal do Rio de Janeiro de Carmen (Bizet),Trouble in Tahiti(Bernstein) e Madame Butterfly (Puccini).
André Vidal, tenor (Arturo)
Natural de Fortaleza, André atuou como solista em óperas, oratórios e repertório sinfônico-coral, sob a regência de Henrique Morelenbaum, Emílio de César, Gerald Kegelmann, Elena Herrera, Osman Gioia e Márcio Spartaco Landi. Em 1996, ganhou bolsa de estudos da Royal Academy of Music, em Londres, onde cursou pós-graduação em canto, especializando-se em Música de Câmara e Música Antiga, tendo sido também bolsista do programa APARTES da CAPES durante o curso. Em Londres, atuou regularmente como solista em oratórios, com destaque para as apresentações da Paixão Segundo São João e do Oratório de Natal de Bach, doMessias de Handel, da Pequena Missa Solene de Rossini e do Requiem de Mozart. Seu repertório operístico abrange papéis de Mozart, Handel, Rossini, Donizetti e Bellini, e no campo da música sinfônico-coral, já interpretou obras de Beethoven, Mozart, Orff, Schubert, Monteverdi, Handel, Bach e Rossini, entre outros. Foi premiado em terceiro lugar no II Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, em 2001, e obteve o segundo lugar no Helen Eames Prize para intérpretes de música barroca, em 1998 em Londres. Atualmente reside em Brasília, onde leciona na Escola de Música de Brasília e coordena o grupo PerSonare. Entre 2003 e 2006 apresentou-se nos principais teatros do país, incluindo o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Teatro Municipal de São Paulo, Teatro Amazonas, Teatro Nacional Cláudio Santoro, Palácio das Artes (Belo Horizonte) e a Sala São Paulo, sob a regência de Sílvio Barbato, Marcelo de Jesus, André Cardoso e João Carlos Martins, interpretando entre outras obras, o papel de Don Ottavio na ópera Don Giovanni, a Missa em Si Menor de Bach, a Criação de Haydn e a Nona Sinfonia de Beethoven. Em 2007 participou da temporada de ópera do Teatro Municipal de São Paulo, interpretando o papel de Lindoro na montagem da ópera L’Italiana in Algeride Rossini, sob a regência de Jamil Maluf, com grande sucesso de público e crítica. Além de suas atividades relacionadas ao canto e ao ensino, também se dedica desde 1995 à composição, tendo suas peças apresentadas no Brasil e no exterior, e sendo publicado nos EUA pela Cantus Quercus Press.
Ricardo Tuttmann, tenor (Normanno)
Carioca, Ricardo se formou em Engenharia Química em 1978, profissão que exerceu até dedicar-se integralmente ao canto. Estudou com Maria Helena Bezzi, no Conservatório Brasileiro de Música, e em cursos de interpretação como o II Curso ‘Recitar cantando’, ministrado por Rafaelle Mingardo, no Teatro Alla Scalla de Milão, sobre barroco italiano. Em 1986, participou de Aida(Verdi), no TMRJ, ao lado de Aprile Milo, Maria Luisa Nave, Bruno Sebastian, Wladimir de Kanel, entre outros. No ano seguinte, integrou o elenco da montagem de Gerald Thomas para O navio fantasma, de Wagner, também no TMRJ. Recebeu 17 premiações, incluindo quatro primeiros lugares e sete prêmios de Melhor Intérprete. Ganhou ainda um Special Award no III Luciano Pavarotti International Voice Competition. Em abril de 1988, foi contratado pela Saarländisches Staatstheater Saarbrücken, na Alemanha, onde estudou técnica vocal com o barítono americano Jim Hooper e repertório com a maestrina Katharina Scholz. De 1990 a 1997, atuou na Ópera Estadual de Hamburgo. Neste período, esteve sob a direção musical de maestros como Christian Thielemann, Nikolaus Harnoncourt, Gerd Albrecht, Eugene Kohn e Roberto Abbado, para citar alguns. Apresentou-se em importantes casas de ópera como as Óperas de Nagoya e Tóquio, Tel Aviv, Gran Teatro Del Liceo de Barcelona e Semper Oper (Dresden). Participou da 1ª apresentação integral, em Hamburgo, do que é considerado o maior oratório romântico francês, Les Béatitudes, de César Franck, como 1º tenor-solista. De volta ao Brasil em 1997, lecionou canto, dicção, acústica e biologia aplicadas à música e declamação lírica no Conservatório Brasileiro de Música até 2005. Lecionou ainda na Escola de Música Villa-Lobos e Escola de Música da UFRJ. Também no âmbito acadêmico, concluiu em 2002 o mestrado em música na Escola de Música da UFRJ. Forma o Duo Tuttmann-Senise com o pianista e professor Luiz Senise, assim como o Duo Tuttmann-Vetromilla, com o violonista e professor Clayton Vetromilla.
Alberto Renault, direção e cenografia
Roteirista, diretor de teatro e tv, cenógrafo e escritor, o carioca Alberto Renault já dirigiu, desde 1995, entre outras, as óperasPedro e o Lobo, de Prokofiev; A violação de Lucrecia, de Britten; Voz humana, com Renata Scotto; L’Orfeu, de Monteverdi,Salomé, de Strauss, e Fidelio (Beethoven), apresentadas no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sala Cecília Meireles, CCBB e Teatro Régio de Torino (Itália). No teatro, fez a adaptação de O homem sem qualidades e escreveu a peça Futebol, ambas para Bia Lessa, com quem colaborou em outros trabalhos. Assinou a cenografia da peça Dois Irmãos, de Fausto Paradivino, que lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Cenário, em 2009. Em Paris, foi assistente do diretor Bruno Bayen, em diversos espetáculos na Comédie Française e no Thétre National de L’Ódeon e Théatre de la Bastille, entre eles Torquato Tasso, de Goethe, e Elle, de Jean Genet com Maria Casares. É autor dos livros A foto (2003, Objetiva), Moko no Brasil (2006, Aeroplano) e Sr. R. (2009, Aeroplano). Na televisão assinou direção e roteiro de programas, especiais, matérias e videos na Rede Globo, Canal Futura e GNT, como Brasil Legale Muvuca, com Regina Casé; Brasil, Japão, Vidas & Formas, com apresentação da estilista Isabela Capeto; o especial Orfeu Hoje, com depoimentos de Jorge Mautner, Adriana CAlcanhotto, Antonio Cícero, entre outros. Integra a equipe de criação e redação do programa Um pé de que?, apresentado por Regina Casé, no Canal Futura, do qual é também colaborador. Roteirizou quadros Adolescência, Minha periferia e Central da Periferia/Mundo (Cidade do México, Luanda e Paris), em 2007, apresentados por Regina Casé para o programa Fantástico da Rede Globo. Na moda, dirigiu e criou cenários em várias temporadas da SP Fashion Week e do Fashion Rio, para marcas como Isabela Capeto, Salinas, Maria Bonita Extra, Marcelo Sommer, Raia de Goeye, Cavalera, Huis Clos, Colcci, Ellus; colabora com as revistas Vogue, Casa Vogue, Joyce, Key, Poder; e criou e dirigiu a série Nomes da modapara a Pindorama Filmes, em 2008.
Serviço
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal
Programa: Lucia di Lammermoor
Música: Gaetano Donizetti
Libreto: Salvadore Cammarano
Direção e cenários – Alberto Renault
Figurinos – Cláudia Kopke
Coreografia – Márcia Milhazes
Iluminação – Maneco Quinderé
Projeto cenográfico – Erika Duarte
Diretora assistente – Maria Borba
Visagismo – Fernando Torquatto
Regência da Orquestra Sinfônica e Coro do TMRJ: Silvio Viegas
Apresentando os solistas:
Paula Almerares e Rosana Lamosa, sopranos – Lucia
César Gutiérrez e Luciano Botelho, tenores – Edgardo
Licio Bruno e Rodolfo Giugliani, barítonos – Enrico
José Gallisa, baixo – Raimondo
Carla Odorizzi, mezzo-soprano – Alisa
André Vidal, tenor – Arturo
Ricardo Tuttmann, tenor – Normanno
Estreia – 14 de maio, às 20h
Temporada – 15 e 22 de maio, às 17h
18, 19 e 21 de maio, às 20h
Preços:
- Plateia e balcão nobre – R$ 84,00
- Balcão superior – R$ 60,00
- Galeria – R$ 30,00
- Frisas e camarotes – R$ 84,00 (por assento)
Desconto de 50% para estudantes e idosos
Classificação etária: Livre
Duração: 180 minutos (com intervalo)
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Praça Floriano, s/nº – Centro
Informações: (21) 2332-9191
Vendas na Bilheteria, no site da Ingresso.com ou por telefone 21 4003-2330