A Praia de Copacabana será palco de um evento inédito, o “Encontro do Samba”. Realizado pela Prefeitura do Rio, o evento, que acontece no primeiro sábado (6) do ano, vai reunir a maior bateria já vista no mundo, com mais de mil ritmistas das 13 escolas de samba do Grupo Especial. Uma parte vai sair do Leme e outra do Posto 6, para um encontro marcado no meio da orla de Copa. Ao final do desfile pela Avenida Atlântica, os sambistas se juntarão à Orquestra Petrobras Sinfônica para um show no palco montado em frente ao Copacabana Palace.
“Tenho certeza que esse evento vai surpreender a todos os cariocas e turistas que vão ficar na cidade após o Réveillon. É um encontro inédito do samba com uma orquestra sinfônica nesse cartão-postal que é a Praia de Copacabana”, disse o prefeito Marcelo Crivella.
Idealizado por Abel Gomes, VP de criação e sócio da SRCOM, o evento é uma extensão do Réveillon e faz parte do calendário “Rio de Janeiro a Janeiro”. O inédito encontro de ritmistas com os músicos da orquestra terá a execução de clássicos da MPB como “Aquarela Brasileira” (de Silas de Oliveira) e “Não Deixe o Samba Morrer” (de Edson Conceição e Aloísio Silva). A curadoria musical do evento, que começa às 19h, está a cargo de Guto Graça Mello.
“Vai ser um grande espetáculo. Esperamos que as pessoas se deliciem com esse evento inédito”, afirmou Abel Gomes.
O palco
O palco que sediará o “Encontro do Samba” será no mesmo ponto onde vai acontecer o Réveillon, mas receberá algumas adequações e alterações, a partir do dia 2 de janeiro. Já a base que reproduz um pandeiro com 20 metros de diâmetro não será modificada.
Para esse espetáculo será instalada uma plataforma, ao fundo do palco, onde todos os ritmistas ficarão após o percurso pela orla. A Orquestra Petrobras Sinfônica também terá o seu espaço para entrar em cena logo após a performance dos mestres-salas e porta-bandeiras das agremiações, cantores convidados e intérpretes, representantes de cada escola de samba.
O grande final será um momento memorável: a Orquestra Petrobras Sinfônica, com 59 músicos, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, vai se juntar aos ritmistas mostrando o poder que a música tem em agregar.
“Desde os tempos antigos, a arte popular e a erudita se complementam: o carnaval influenciou Villa-Lobos e este, por sua vez, influenciou Tom Jobim. O ‘Encontro do Samba’ será, com certeza, um festival de sons e cores, tendo a Praia de Copacabana como testemunha, além do componente principal: o público, sempre ardoroso, companheiro de tantos outros eventos”, vibrou o maestro.