Di Ferrero estreia carreira solo no Planeta Atlântida

Diário Carioca

Após 16 anos como integrante de uma banda – NX Zero – que lançou sete discos de sucesso, 16 hits, quatro DVDs e até ser considerado o melhor cantor do país no Prêmio Multishow em 2011, os ingredientes todos apontavam para um mundo completamente diferente para Di Ferrero em seu show no tradicional Planeta Atlântida, que aconteceu neste final de semana, na Praia de Atlântida (RS).

Mas não. O caminho que ele começou a percorrer já se desenha desde antes até de o grupo que o fez famoso resolvesse dar um tempo.

“O Planeta (Atlântida) é o palco ideal. Já tinha tocado seis vezes lá, conheço, morei até no Sul e me senti super seguro”, conta o cantor, que agora faz parte do casting de artistas da Agência de Música, que conta também com Maria Rita, IZA, Mallu Magalhães e Marcelo Camelo.

Di se apresentou em formato completamente inovador, para quem estava acostumado a vê-lo conduzir o público com o microfone nas mãos. A vertente de suas novas composições trafega tanto pelos beats eletrônicos quanto pelo R&B e ritmos mais brasileiros, o que o levou a montar uma formação enxuta – Douglas Moda na bateria e Rafael Mimi se dividindo entre guitarra, baixo, piano e o que mais a música pedir. Di também empunha violão, guitarra quando preciso e a modulação varia desde apropriada para performance acústica passando por power trio até um composto eletrônico, na linha de um Daft Punk.

“Foi uma busca que as próprias composições iam pedindo. Tem bastante coisa com beats eletrônicos mas também muito orgânico, como eu estava acostumado a fazer”, diz Di, que tem no currículo hits eleitos 7 vezes a música mais tocada no país.

As performances por conta própria não são novidade para ele. Enquanto vocalista do NX Zero ele participou de parcerias com Charlie Brown Jr, Emicida, Seu Jorge, Nelly Furtado, Marcelo D2, entre outros. Fora que ele abriu uma frente televisiva, como jurado de programas musicais, “Pop Star”, “The Voice” e “X-Factor”. “Nesses (programas) eu também fazia performances sozinho às vezes”, conta

O repertório vem sendo montado desde antes de o NX Zero anunciar a interrupção da banda, já que os integrantes começaram a cogitar a ideia previamente à oficialização. Isso abriu espaço para que Di começasse a pensar de maneira contemporânea o caminho que queria seguir musicalmente – o crossover de eletrônico com orgânico, a nova roupagem a composições de sua época de banda e até mesmo visualmente, cenário e clipes, já que o áudio é cada vez mais unha e carne com o visual na proliferação de vídeos.

Além do repertório inédito, entre as músicas da época de NX, tocou versões de “Só Rezo”, “Cedo ou Tarde” e “Razões e Emoções” (“quando fazemos acústica e emenda com o que der na telha”, brinca), além de covers de grupos como Police. Di também contou com a participação especial da cantora IZA e do rapper Rael.

“Estou me sentindo renascido nessa nova fase, com um frio na barriga que não sentia há muito tempo. Um frio bom na barriga. Antes eu dividia a responsabilidade; agora é meu nome, tudo comigo. E isso tem sido uma gasolina”, conclui.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca