Clarice Falcão estreia seu novo show “Voz e Guitarra e Mais Coisa” nos dias 19 e 20 de março, às 21h, no Theatro Net Rio, em Copacabana.
Composições brilhantes não dependem de arranjos brilhantes. Por mais que produções cuidadosas transformem boas ideias em canções inesquecíveis, a essência de uma faixa independe daquilo que a cobre. A espinha dorsal de uma música é a sua verdade, sua vulnerabilidade, o sentimento bruto de um artista entregue.
E esse é o pilar de “Voz e Guitarra e Mais Coisa”, o novo show de Clarice Falcão. Inédito, o espetáculo traz a artista acompanhada de somente um músico, o guitarrista João Erbetta, e reinventa o repertório autoral de Clarice com arranjos sucintos e rebuscados, dando uma nova luz às canções dela.
Com direção geral do pai da cantora, o renomado diretor e roteirista João Falcão, e direção musical de João Erbetta, “Voz e Guitarra e Mais Coisa” é, em pouco mais de uma hora, o passado, o presente e o futuro musical de Clarice Falcão. Despidas dos arranjos sofisticados de Monomania (2013), seu aclamado álbum de estreia, e da versatilidade sonora do sucessor Problema Meu (2016), as composições de Clarice reluzem ainda mais nos novos arranjos, construídos sob camadas de guitarras, elementos eletrônicos e, a cargo da própria Clarice, percussão.
Dinâmico, o novo formato traz nitidez à esperteza confessional das canções de Clarice, conhecidas pelos versos ora tristes, ora bem-humorados, mas que sempre revelam novos sentidos e camadas narrativas a cada verso.
Além das faixas já conhecidas, como “Monomania”, “Vagabunda” e “Eu Me Lembro”, o show ainda traz a estreia de três canções inéditas, escritas para o terceiro álbum de Clarice, que tem lançamento previsto para 2019. Densas e reflexivas, as novas composições mostram uma faceta ainda mais corajosa da Clarice-compositora, onde ela discorre sobre a própria intimidade em versos tocantes e doloridos.
Uma das inéditas, ainda sem nome, é uma parceria dela com Tim Bernardes, líder do grupo paulistano O Terno, e um dos mais talentosos compositores dessa geração. Complementam o repertório do show versões de “Que Loucura”, clássico de Sérgio Sampaio, e “Marli”, frevo assinado por João Falcão.