Marielle Franco, Vereadora do PSOL, executada na noite desta quarta-feira, 14, pode ter sido assassinada por conta de sua militância política.
A quinta vereadora mais votada no Rio de Janeiro em 2016, Marielle era conhecida por sua defesa de negros e pobres e denunciava a violência contra essa população.
O crime, que vitimou também o motorista que a levava, mobilizou o governo federal: o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, telefonou para o interventor federal no Rio, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar na investigação.
Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle, de 38 anos, estava há oitodias acompanhando, na condição de vereadora, a intervenção federal no Rio de Janeiro.
A vereadora tentava coibir possíveis abusos das Forças Armadas e da polícia contra moradores de comunidades. Durante este período, Marielle recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio.
Relatos de crimes chegaram até Mariele, dentre eles o assassinato de dois homens por policiais que jogaram os corpos num valão, enquanto acontecia a primeira reunião do Observatório da Intervenção, no Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes.
De acordo com moradores, a Polícia Militar vem se sentindo “com licença para matar” por conta da intervenção Federal no Rio de Janeiro.
Após receber os relatos, Marielle Franco compartilhou a notícia em seu perfil no Facebook, com a inscrição ‘Somos todos Acari, parem de nos matar”.