Ataque a escola reabre debate sobre porte de armas nos Estados Unidos

Diário Carioca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nessa quarta-feira (28) em uma mensagem postada no Twitter que a segunda emenda da Constituição do país – que garante aos cidadãos norte-americanos o direito ao porte de armas – nunca será revogada.

“A segunda emenda jamais será revogada!”, afirmou Donald Trump. O texto foi publicado com letras maiúsculas, o que na internet tem um valor de grito ou uma forte afirmação. No texto, ele disse que isso não vai acontecer, “embora os democratas queiram” . A declaração foi feira depois que, na terça-feira (27), o juiz aposentado da Suprema Corte John Paul Stevens afirmou que a “eliminação da emenda seria a solução para combater e eliminar a violência armada no país”.

“De jeito nenhum [apesar das palavras do juiz]. Precisamos de mais republicanos em 2018 e esperamos mais da Suprema Corte”, destacou.

Debate sobre mudanças nas regras

Mudanças nas regras, aumento do controle de armas e até mesmo uma discussão sobre a retirada da emenda permeiam o debate para combater a violência armada no país, principalmente após casos de tiroteios, como o que matou 17 pessoas em uma escola de ensino médio em Parkland, na Flórida, em fevereiro passado.

Desde então, estudantes da escola, pais, professores e entidades ante armas têm realizado frequentes marchas em protesto, várias delas em Washington. No último sábado (24), uma multidão se reuniu na capital americana, em uma das maiores demonstrações de que parte da sociedade civil quer mudanças.

O governo Trump está discutindo mudanças, como por exemplo o aumento da idade para compra de armas, para 21 anos, bem como a proibição de venda de dispositivos que aumentam a capacidade de disparos, transformando um revólver em uma arma mais potente, com disparo automático.

Emenda é considerada preceito de cidadania

A segunda emenda foi ratificada em 1791 e é considerada um dos preceitos de cidadania nos Estados Unidos.  O texto declara que, “sendo necessária uma milícia bem ordenada para a segurança de um Estado livre, o direito do povo a possuir e portar armas não poderá ser violado”.

Reportagem da Agência Brasil mostrou como o fator cultural é determinante na questão das armas nos Estados Unidos, assim como a atuação política da Associação Nacional do Rifle (NRA), entidade que mantém conectados usuários de armas e a indústria bélica, além de manter altas doações para políticos no país, nos estados e no Congresso.

Da Agência Brasil

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