Tradicional pelos seus Alpes, temperaturas baixas, chocolates, queijos, relógios, canivetes e por ser um paraíso fiscal, a Suíça tem tentado ser conhecida pelo futebol. E é com esse espírito que os suíços chegam a sua décima primeira participação em Copas do Mundo, com um plantel mais experiente do que em outras edições.
É fato que o sofrimento para se classificar ao Mundial não representa o real desempenho da seleção suíça nas eliminatórias. Por conta de uma derrota para Portugal, que se classificou em 1º, a seleção suíça teve que jogar a repescagem.
O aproveitamento foi idêntico ao dos portugueses com nove vitórias e uma derrota, no grupo que ainda tinha Hungria, Ilhas Faroe, Letônia e Andorra. No entanto, o saldo de gols garantiu a vaga direta aos portugueses. Os suíços encararam a Irlanda do Norte na repescagem, e, com uma vitória pelo placar mínimo fora de casa e um empate sem gols, garantiram a vaga para o Mundial na Rússia.
Desde 2006, os suíços não conseguem ir além das oitavas de final do torneio. Nas edições de 1934, 1938 e 1954, a seleção nacional conseguiu chegar as quartas, melhor resultado em Copas do Mundo. No último Mundial, a Suíça passou em segundo no grupo, após vitórias sobre Honduras e Equador e uma derrota para a França. A eliminação veio nas oitavas, contra a Argentina.
Para a Copa deste ano, a Suíça chega com um plantel com jogadores experientes e que jogam nas principais ligas da Europa. É o caso, por exemplo, do lateral-direito Lichtsteiner, que joga na Juventus, da Itália, e do meia Xhaka, que atua pelo time inglês do Arsenal.
O meia Xherdan Shaqiri é o principal nome da seleção. Meia de 26 anos, o baixinho de 1,69m começou a carreira pelo Basel. Depois de três anos atuando no futebol local, Shaqiri foi contratado pelo Bayern de Munique, onde atuou por três anos e foi campeão da Liga dos Campeões com os bávaros.
Canhoto, com recursos técnicos e de muita força, o meia ainda jogou pela Inter de Milão e atualmente está no Stoke City, da Inglaterra. Na seleção principal já são 20 gols em 68 partidas, sendo convocado desde 2010. O meia mostrou parte do seu potencial na última Copa, marcando três vezes contra Honduras, na fase de grupos.
No grupo E, junto com o Brasil, Costa Rica e Sérvia, os suíços têm grandes chances de, ao menos, igualar o desempenho das últimas participações e avançar para as oitavas.
O primeiro compromisso da Suíça na Copa é justamente contra o Brasil, no dia 17 de junho, às três horas da tarde, horário de Brasília.
Reportagem, Raphael Costa