Com a proximidade das eleições, que serão realizadas em menos de quatro meses, a população começa a conhecer um pouco mais das propostas apresentadas pelos pré-candidatos ao Palácio do Planalto.
Nesta quarta-feira (6), o jornal ‘Correio Braziliense’ organizou uma sabatina que contou com a presença de 11 presidenciáveis. No evento, eles falaram o que pensam sobre diversos assuntos e apontaram projetos e propostas para o país.
Primeiro a ser entrevistado, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu o controle dos gastos públicos.
“Eu estou convencido que se nós não olharmos o lado da despesa, nós não vamos conseguir nunca implementar políticas sérias nas três áreas fundamentais: segurança, saúde e educação”.
Na sequência, Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, disse que o país precisa retomar a credibilidade para gerar empregos
“Fazer um esforço para recuperar a credibilidade para o país ter investimento e podermos voltar a crescer”.
Pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, ex-ministro Henrique Meirelles, defendeu sua gestão à frente do ministério da Fazenda.
“O país voltou a crescer e a inflação caiu. A inflação de 2016 foi a mais baixa em 20 anos e, portanto, é um projeto de grande solidez”.
O deputado federal Jair Bolsonaro, do PSL, disse que o governo precisa parar de interferir na vida do empreendedor.
“O governo é o sócio majoritário quando dá lucro. Quando dá prejuízo os caras tiram o corpo fora”
O senador pelo Podemos, Álvaro Dias defendeu a “refundação da república” diante do caos político e econômico vivido pelo país nos últimos anos.
“Nós só poderemos olhar para nós mesmos, para nossas crenças, para nossas instituições e pensar na construção de uma grande nação, se refundarmos a república”.
Pré-candidato pelo PDT, o ex-ministro Ciro Gomes defendeu que o Brasil precisa acabar com os privilégios e prometeu revogar a emenda constitucional que estipula o teto dos gastos.
“Eu tenho segurança de que o setor público pode ser administrado com competência e com seriedade. Eu não sou um poeta recém-chegado no barco. Eu conheço bastante bem as coisas. Eu servi o governo Itamar Franco que administrou o Brasil e nós não tivemos um escândalo sequer no governo Itamar Franco”.
Ex-presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, do PSC, afirmou que é preciso olhar com carinho para a questão do desemprego.
“Essa massa de desalentados é um choque. É uma violência contra um país que tem o nível de potencial econômico que nos temos”.
Manuela d’Ávila, do PC do B, centrou sua fala no fortalecimento do estado brasileiro.
“Há uma necessidade do estado brasileiro ser forte e ser protagonista da articulação de um conjunto de políticas que garantam a retomada do crescimento da economia”.
Guilherme Afif Domingos, do PSD, pregou a superação da crise do estado.
“A nação avança, o estado atrapalha. E a crise que nós temos é uma crise de estado não é uma crise de nação. E o estado passa a crise para a nação”.
O empresário Flávio Rocha, pré-candidato pelo PRB, acredita que falta ‘ar empreendedor’ a política brasileira.
“Eu acho que falta a mentalidade empresarial, falta um DNA empresarial na vida pública. O que existe de comum da extrema esquerda a extrema direita é a que corporação eles se reportam”.
Último a falar, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, colocou no corporativismo a culpa pela crise econômica vivida pelo país nos últimos anos.
O Brasil entrou em profunda decadência econômica nesses últimos três anos pelo ápice do corporativismo. Corporativismo no setor privado e corporativismo no setor público”.
A sabatina com os presidenciáveis foi realizada pelo ‘Correio Braziliense’ em parceria com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).
Com a colaboração de João Paulo Machado, reportagem Marquezan Araújo