O penúltimo debate entre os candidatos à presidência da República foi marcado por ataques e críticas ao capitão reformado Jair Bolsonaro e aos anos do PT à frente do poder. Os presidenciáveis se encontraram na Rede Record, na noite deste domingo. Bolsonaro não participou do debate por ainda se recuperar da facada que sofreu no início de setembro, em Minas Gerais.
Para o candidato do PDT, Ciro Gomes, as eleições de 2018 se assemelham às de quatro anos atrás pela questão da intolerância.
“Nenhum país do mundo suportará o desdobramento que nós estamos visualizando pelo menos como ameaçar à sociedade brasileira. O Brasil, é bom que a gente lembre, em 2014, teve uma eleição assim, rachada. O outro lado não reconheceu o resultado das eleições e há quatro anos o Brasil não para para discutir a massa de desempregados”.
Henrique Meirelles, candidato do MDB, ressaltou que é preciso retomar a confiança de investimento no Brasil para a retomada do crescimento.
“Os radicais tentam se esconder do problema atrás do radicalismo. Nós precisamos é ter um política, primeiro, de entendimento. Alguém que seja capaz de conversar com todos os segmentos da sociedade brasileira. Segundo que tenha competência, que tenha resultado concreto para mostrar. Eu tenho resultado concreto a mostrar à população nas vezes que exerci cargo à frente da economia brasileira”.
Questionado por Guilherme Boulos a respeito de possíveis alianças com o atual governo, Fernando Haddad respondeu que vai buscar coligações com partidos que se identifiquem com a proposta de governo do PT.
“Acreditamos na democracia. Para nós não existe outro regime. E a democracia exige tolerância e diálogo. E não violência, não mão armada. Gostaria que cada brasileiro tivesse um livro na mão e uma carteira de trabalho assinada na outra. É com trabalho e educação que nós vamos sair dessa crise. No segundo turno, nós vamos verificar quais são as forças políticas mais próximas do nosso programa de governo, do qual nós não pretendemos abrir mão”.
Já Geraldo Alckmin se mostrou mais uma vez favorável à reforma política no Brasil. Para o tucano, há excessivo número de estatais no país.
“O Brasil não vai mudar sem as reformas. Se não nós vamos continuar nesse marasmo. E a primeira delas é reforma política. Nós não podemos ter 35 partidos políticos no Brasil. É evidente que precisa ter uma reforma política: número de ministérios; cargos comissionados; redução de estatais. São 146 empresas estatais. Um terço delas criada pelo PT”.
O último debate entre os presidenciáveis será na próxima quinta-feira (4), na Rede Globo. O primeiro turno das eleições está marcado para o dia 7 de outubro.
Reportagem, Thiago Marcolini
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