Irã promete “vingança” aos EUA por morte de general e crise faz preço do petróleo disparar

Diário Carioca

O líder do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, e o presidente do país, Hassan Rouhani, prometeram vingança aos Estados Unidos pela morte do chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Qassem Soleimani.

Nesta quinta-feira (2), o presidente americano, Donald Trump, autorizou ataque aéreo no aeroporto internacional de Bagdá, capital do Iraque, por onde passava o general iraniano. Os americanos confirmaram que o bombardeio tinha objetivo de matar Soleimani e que o ataque foi uma ordem direta de Trump. 

Em pronunciamento realizado na TV estatal iraniana, após o ataque americano, o Aiatolá Ali Khamenei declarou que a “resistência aos Estados Unidos e Israel vai dobrar”. Já o presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou que “o Irã, e outros países mulçumanos, vão se vingar” pela a morte do general. 

Qassem Soleimani, era general da Força Al Quds, uma unidade especial do exército iraniano. Ele era o comandante estratégico militar e de geopolítica do Irã. O general era considerado herói pela população de seu país e muito respeitado no chamado mundo árabe. 

Por consequência do ataque americano e pela morte do general Soleimani, o preço do barril de petróleo disparou no mundo. Até o momento do fechamento desta edição, os contratos de compras futuras de petróleo já tinham subido mais de 4%, no mercado internacional. 

De acordo com a Agência de Notícias Reuters, o barril tipo Brent subiu quase três dólares, sendo negociado, no início desta manhã, a US$ 69. No mercado americano, o barril do petróleo avançou quase 4,5%, sendo vendido a US$ 63,8. 

No Brasil

Logo pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro disse que o preço do petróleo deve “impactar” o mercado nacional. Em entrevista coletiva na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que, mesmo diante de forte alta no preço do petróleo, os valores dos combustíveis não serão tabelados no Brasil. 

O presidente confidenciou aos jornalistas que tentou discutir a crise do Irã com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, nesta manhã, por telefone, mas, segundo Bolsonaro, não foi atendido por nenhum dos dois. 

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca