Chile relembra dez anos de terremoto que assolou o país

Diário Carioca

No dia 27 de fevereiro de 2010 o Chile enfrentou um terremoto de 8,8 graus na escala Richter, seguido de um tsunami com ondas de mais de 3 metros. O fenômeno foi o segundo mais forte da história do país e deixou um saldo de 525 mortos e centenas de feridos, além de um rastro de devastação.

Hoje (27), o presidente do país, Sebastián Piñera, visitará a região de Biobío, uma das mais afetadas pelo sismo, e se reunirá com familiares de mortos e desaparecidos.

Eram 3h34 da madrugada do dia 27 de fevereiro de 2010, quando o terremoto, que durou cerca de 3 minutos, sacudiu o país e afetou a costa da maioria das regiões do Chile e parte do território insular. As ondas, provocadas pelo tsunami que se formou em consequência do sismo, chegaram a outros países das Américas, além de Oceania e Ásia.

Dois milhões de chilenos foram afetados, 525 pessoas morreram e 23 ficaram desaparecidas. O evento atingiu 233 municípios. Mais de 500 mil casas foram danificadas, além de 133 hospitais e mais de 6 mil escolas em todo o país.

Eixo da Terra

Estudos da Nasa, a agência espacial americana (National Aeronautics and Space Administration, em inglês), feitos à época, mostraram que o sismo pode ter inclinado o eixo da Terra em 2,7 milissegundos de arco (cerca de 8 centímetros).

Chamado de 27-F, o sismo foi o segundo mais violento da história do país, mais leve apenas do que o evento conhecido como o “Grande Terremoto do Chile”, ocorrido em 1960, que teve magnitude de 9,5 graus na escala Richter e deixou um saldo de mais de 2 mil mortos.

Engenharia antissísmica

Uma década depois do terremoto, o Chile é reconhecidamente exemplo de engenharia antissísmica, com mecanismos eficientes de dissipação e amortecimento e infraestrutura preparada para encarar movimentos telúricos de magnitude.

Povoados de pescadores situados à beira do mar, foram transferidos para áreas mais altas, em cima de colinas. Casas com tecnologia antitsunami foram construídas sobre pilotis, para permitir a passagem da água, sem que a estrutura seja comprometida.

Nas cidades grandes, alguns prédios têm agora sistemas de amortecimento com pêndulos antissísmicos que servem de contrapeso ao movimento do edifício no caso de terremotos.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca