Movimentos sociais divulgam plano com 60 medidas contra covid-19 e crise econômica

Diário Carioca

Em contraste acentuado à campanha de desinformação do presidente Jair Bolsonaro e às medidas neoliberais contra trabalhadores do ministro da Fazenda Paulo Guedes, da Frente Popular do Brasil e da Frente dos Povos Sem Medo, divulgadas em conjunto na terça-feira (31 st ), a Plataforma de Emergência para Combate à Pandemia e Crise de Coronavírus em Brasil, que inclui mais de 60 ações sugeridas.

Os coletivos, que incluem movimentos sociais e estudantis, sindicatos, partidos políticos, grupos religiosos e sociedade civil, alertam que o governo Bolsonaro não adotou medidas efetivas contra a disseminação do coronavírus no Brasil, que mais tarde se tornou a maior ameaça à segurança e ao bem-estar da população brasileira.

As organizações são também pensando em ações para diminuir as consequências da atual crise econômica e da saúde, visto que o próprio presidente está minando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater o surto.

De acordo com entidades, o objetivo é fortalecer “as vozes de milhões de brasileiros que protestam diariamente em repúdio ao presidente Jair Bolsonaro” e adotar medidas para diminuir o impacto da crise econômica e a nova pandemia de coronavírus, que já infectou mais de 4. 681 pessoas e mortos 167 no Brasil.

Trata-se de defender a vida, de ter confiança no conhecimento científico e na mentalidade que egoísmo e individualismo não valem nada quando enfrentamos esta crise. Todas as soluções devem basear-se na renúncia de interesses individuais pelos da sociedade como um todo, baseado na ação coletiva, na unidade e na solidariedade de massas ”, destaca o manifesto que é o marco da plataforma.

G Direitos de garantia

O documento nos lembra que a atual crise econômica e política no país, antecede a epidemia e é resultado das ações do governo, que se concentram exclusivamente no setor privado, e subestimam o Estado como garante dos direitos sociais e humanos.

:: Para combater a crise, as entidades defendem tributar os ricos prevendo R $ 270 bilhão::

Nossa economia é administrados pelos mercados financeiros e corporações multinacionais, que bem antes do coronavírus, já impunham condições de vida mais severas ao nosso povo. O vírus chegou ao Brasil em um momento de estagnação econômica, desmoronamento dos serviços públicos, aumento da pobreza e desigualdade social. O mercado de trabalho é altamente precário, com alto desemprego e grande parte dos empregos no setor informal, sem redes de segurança ”.

Dessa maneira, o manifesto afirma que o governo Bolsonaro permanece no poder, guiado por interesses privados e corporativos, tornará a superação dessa situação mais difícil. Eles também apresentam as respostas vistas como essenciais para proteger as pessoas.

Entre eles, “necessidades básicas para salvar nosso povo, promoção e fortalecimento do sistema público de saúde; garantias de emprego e renda para trabalhadores; redes de segurança social; o direito a comida e abrigo para todos; o direito de viver com dignidade e a reorientação da economia e das despesas públicas ”.

A proposta de mais de sessenta medidas busca unir a sociedade brasileira, reverter o cenário atual de pandemia e crise. Também busca mobilizar os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para apoiar o empreendimento.

Editado por: Rodrigo Chagas


2020

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