Martinho da Vila fala sobre o projeto projeto “Martinho 8.0 – Bandeira da Fé: Um Concerto Pop-Clássico (Ao Vivo)”

Diário Carioca

No dia 12 de fevereiro foi  aniversário de 82 anos do mestre Martinho da Vila e, em comemoração, o cantor disponibiliza o projeto “Martinho 8.0 – Bandeira da Fé: Um Concerto Pop-Clássico (Ao Vivo)”.  O registro ao vivo é fruto do concerto que Martinho fez no Theatro Municipal, nos dias 02 e 03 de novembro de 2018 – ano em que completou 80 anos e que lançou o álbum.

 Dirigido pelo produtor João Wlamir, a peça musical é dividida em dois atos. O primeiro termina com uma exibição da porta-bandeira e do mestre-sala da Unidos de Vila Isabel, dançando um frevo-samba, com a participação de Tunico da Vila. O segundo culmina com um inédito jongo sintonizado, apologia a Zumbi dos Palmares.

Você está lançando um novo projeto fruto do concerto no Theatro Municipal. O que te levou a criar “Martinho 8.0 – Bandeira da Fé: Um Concerto Pop-Clássico (Ao Vivo)”? 

Martinho da Vila –  O Ciro Pereira, diretor do Theatro Municipal, colocou o espaço à minha disposição para comemorar os meus 80 anos e eu aceitei a oferta. Convidei o João Wlamir para dirigir, fizemos o roteiro e ensaiamos muito. Primeiro gravei em CD “Bandeira da Fé”, em estúdio.  A Sony Music resolveu transformá-lo em DVD e gravou ao vivo. Já preparei um CD, com músicas novas, para ser lançado depois deste.

  O show foi regido pela Orquestra Filarmônica do Rio, como foi o processo de transpor as suas músicas para novos instrumentos, que o samba não tem costume de usar?

Martinho da Vila – Qualquer música popular um tanto rica melodicamente pode ser adaptada para uma orquestra sinfônica. As orquestrações foram feitas pelo Maestro Leonardo Bruno e a inicial já estava pronta. Foi do Concerto Negro que apresentamos no Municipal há alguns anos.

Como foi à parceria com o rapper Rappin Hood e a pianista Maíra Freitas?

Martinho da Vila – Já fiz apresentações com eles, juntos e em particular, com improvisos ensaiados.

 O registro ao vivo foi em novembro de 2018, hoje aos 82 anos, você assume esse projeto com outro olhar?

Martinho da Vila – Seria um grande prazer apresentar novamente neste ano, da mesma maneira. Não fiz porque não estou com a mesma motivação do ano dos 80, que é marcante. Os seguintes são normais.

A gravação deste DVD foi, e é o meu mais importante trabalho realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, só comparável ao Concerto Negro. A Sony Music colocou uma boa iluminação feita pelo Antônio Antunes e o Bruno Murtinho fez uma excelente capitação de imagem, tudo coordenado pelo Diretor teatral João Wlamir. A Orquestra Filarmônica do Rio, regida pelo Maestro Leonardo Bruno e a banda de músicos populares, dirigidos pelo violonista Gabriel de Aquino, são os grandes destaques.

Foto destaque: Diego Baravelli

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