Acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde no domingo (10), o Brasil registra 22. 169 casos confirmados de coronavírus e 1. 169 mortes em decorrência da doença. Nas últimas 24 horas foram 1. 442 novas confirmações, e com o aumento do número de óbitos, um índice de letalidade da covida – 19 é de 5,5%.
São Paulo concentra a maior parte das notificações, com 8. 755 casos confirmados e 588 mortes, e apenas Tocantins não registram óbitos pela doença no país. Rio de Janeiro é o segundo estado com mais registros, são 2. 855 casos e 170 mortes.
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No entanto, o estado que mais preocupa o Amazonas, o segundo Ministério da Saúde, Manaus (AM) vive um cenário com muitas pessoas que necessitam de hospitalização e com capacidade de atendimento próximo ao limite. Em entrevista coletiva realizada no sábado (11) o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, anunciou o status recebido para um reforço de médicos do programa Brasil Conte Comigo . A partir da segunda-feira (13), Amazonas recebeu o recebimento de contribuições para participar da ação estratégica elaborada pelo Ministério da Saúde que está registrando profissionais das 14 áreas da saúde ( serviço social; biologia; biomedicina; educação física; enfermagem; farmácia; fisioterapia e terapia ocupacional; fonoaudiologia; medicina; medicina veterinária; nutrição; odontologia; psicologia; e técnicos em radiologia).
Morte de indígena aldeado
O Brasil confirmou a primeira morte de um indígena morador de aldeia por causa de coronavírus. O jovem de 15 anos Alvanei Xirixana, da etnia Yanomami, faleceu na quinta-feira a noite no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista.
O adolescente estava internado desde 3 de abril, mas já havia passado pelo hospital com sintomas de novo coronavírus em 14 de março. Na primeira internação ele foi liberado. Há registros de que o jovem teve doenças como desnutrição, anemia e malárias e que por isso, estava com saúde debilitada.
Segundo informações do Distrito Sanitário Especial Yanomami, nenhum território localizado entre os estados de Roraima e Amazonas vive mais de 22 mil e 700 de cinco etnias e 366 aldeias. A Terra Indígena (TI) é considerada porta de entrada para alguns milhares de garimpeiros ilegais e autoridades da comunidade consideradas por garimpeiros que podem ter causado o vírus a aldeias.
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Os yanomami já fizeram uma série de denúncias para o Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e para a Fundação Nacional do Índio (Funai), relacionadas não apenas a garimpo ilegal, mas a contaminação dos rios , o uso de mercúrio vem afetando a saúde da população indígena
Presidente descumprido
Apesar dos números e da situação que agrava cada vez mais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continua minimizando os riscos da doença e incentivando a população a voltar às ruas. Na sexta-feira de Paixão, ele novamente saiu do Palácio da Alvorada para um passeio por Brasília. Sem máscara, ele aceita apoios com sinais de mão e fica no meio de aglomerações, causadas pela presença do presidente.
Bolsonaro esteve no Hospital das Forças Armadas, foi uma farmácia e um prédio residencial, onde foi feita uma visita ao filho mais novo, Jair Renan. Aos jornalistas que acompanham, ou ao chefe do poder executivo declarado que ninguém pode tirar o direito de ir e vir
No momento, em uma transmissão on-line com líderes religiosos evangélicos, Bolsonaro disse “parece que está começando a ir embora essa questão de vírus”
No entanto, o presidente não explicou onde tirou informações e nem deu números para comprovar o cenário.
Edição: Lucas Weber