A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou hoje (15) que afastou 14 policiais militares envolvidos na agressão de pessoas já rendidas em dois casos ocorridos no último final de semana, no Jaçanã, na capital paulista, e em Barueri (SP). Os casos vieram a público após a divulgação de vídeos, registrados por moradores, da ação policial.
As imagens feitas no Jaçanã, no último sábado (13), mostram policiais desferindo socos, chutes e golpes de cassetetes em um jovem, deitado, que não reage à agressão. Já na gravação feita em Barueri, na sexta-feira (12), policiais aparecem abordando um homem que estava sentado na calçada com o celular na mão. Ele se levanta e, sem mostrar qualquer reação, é atacado por um policial com um golpe no pescoço. Pessoas que passavam pelo local e questionaram a ação dos agentes também foram agredidas com golpes de cassetete e derrubadas pelos policiais.
“Todas as circunstâncias relativas às ocorrências citadas são investigadas, na Capital, pelo 73º DP [Departamento de Polícia], em Barueri, pela delegacia do município, e pela Polícia Militar por meio de IPM [Inquérito Policial Militar]. Os 14 agentes envolvidos foram afastados do serviço operacional até a conclusão das investigações. A Corregedoria da PM acompanha de perto as investigações e o Ministério Público será notificado”, disse a Secretaria de Segurança Pública em nota.
A pasta ressaltou que não compactua com desvios de conduta e apura com rigor todas as denúncias. “[As] ações são lamentáveis e não condizem com as práticas da Polícia Militar, que diariamente atende a mais de 80 mil chamados para proteger e salvar vidas”.
O governador do estado de São Paulo, João Doria, também condenou a ação da polícia. “Absolutamente condenável as atitudes dos policiais militares que abusaram da força, em duas ações policiais, uma na capital e outra em Barueri. Os policiais envolvidos foram afastados e serão submetidos a inquérito. O Governo de São Paulo não compactua com qualquer tipo de violência”, disse Doria nas suas redes sociais.
A Polícia Militar do estado de São Paulo e a Ouvidoria da Polícia também foram procuradas, mas ainda não se manifestaram.