Na noite desta quinta-feira (18), Jair Bolsonaro (sem partido) realizou a costumeira live pelo Facebook, e, ao contrário do que se podia esperar, não deu grandes explicações sobre a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro e amigo pessoal.
Queiroz foi detido na manhã desta quinta em um imóvel em Atibaia (SP) que pertence ao advogado de Flávio, Frederico Wasseff, o que explicita ainda mais as relações do senador com seu ex-funcionário.
“Por quê ele estava ali na região? É perto de onde ele faz tratamento de câncer. Esse é o quadro”, disse Jair Bolsonaro durante a transmissão ao vivo, sem explicar, no entanto, se mantinha contato com Queiroz durante o tempo em que esteve “sumido”.
“Foi feita uma prisão espetaculosa, que a Justiça siga o seu caminho, mas parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da terra. Repito, não estava foragido e não tinha mandado de prisão contra ele”, argumentou o presidente.
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Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça do Rio, a pedido do Grupo de Combate à Corrupção (Gaecc) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP- RJ).
Queiroz é investigado por ser o suposto operador financeiro de um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando era deputado estadual.
Bolsonaro falou cerca de quatro minutos sobre o tema durante os 24 minutos em que permaneceu ao vivo, afirmou não estar advogando por Queiroz e repetiu algumas vezes que o amigo estivesse foragido.
“Se tivessem pedido ao advogado, creio eu, ele teria comparecido. De minha parte, está encerrado o caso Queiroz”, concluiu.
Edição: Rodrigo Chagas