A Pastoral Carcerária e mais 30 entidades criticaram, nesta quinta-feira 22, a indicação do coronel da Polícia Militar Nivaldo César Restivo para chefiar a Secretaria Nacional de Políticas Penais no Ministério da Justiça e Segurança Pública a partir de janeiro.
Em nota, o Grupo Temático de Segurança Pública da transição disse que a passagem de Restivo pela polícia é marcada por “ojeriza à democratização da política penal” e que o nome dele não foi avalizado pelos integrantes do GT.
“Para um sistema prisional marcado de violações, sendo o descaso e tortura marcas recorrentes, a indicação de alguém que carrega em seu currículo a participação num dos mais trágicos eventos da história das prisões do Brasil, o Massacre do Carandiru representa um golpe bastante duro”, pontua o grupo.
Fonte: CartaCapital.
Começa muito mal o pré-início da gestão de Flávio Dino na pasta do Ministério da Justiça. Aliás, é um desrespeito com o instituto eleitoral ter um parlamentar eleito interrompendo mandato para servir ao governo, caraterizando a ausência, nesses políticos e governos, de princípios éticos e morais.
É a segunda vez no espaço de três dias que uma decisão do futuro ministro da Justiça causa desgaste entre integrantes e aliados do governo eleito.
Na terça-feira (20), Dino, com justificativas esfarrapadas, retrocedeu na indicação do comandante da Polícia Rodoviária Federal, um entusiasta da Operação Lava-Jato e apoiador a prisão do ex-presidente Lula.
Dino demonstra não ter competência para seguir à testa da Justiça, a despeito de sua bagagem política e de ex-juiz.
A depuração da vida profissional e pessoal pretérita de qualquer indivíduo a participar de uma gestão política é condição mínima essencial, e Flávio Dino demonstra inabilidade na escolha de seus auxiliares