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quinta-feira, dezembro 26, 2024

Bancário acusa de racismo funcionários de supermercado em Ipanema

Rio de JaneiroBancário acusa de racismo funcionários de supermercado em Ipanema

Funcionários do mercado Zona Sul da Rua Barão da Torre, em Ipanema, na zona sul do Rio, intimidaram o bancário Paulo Moreira de Araújo, de 28 anos, acusando-o de furto, de acordo com denúncia do bancário. Ele disse que foi obrigado a mostrar o comprovante de pagamento duas vezes para comprovar que não cometeu crime.

O caso foi registrado na 14ª DP, no Leblon, como calúnia, por ele ter sido acusado de cometer o crime de furto, e injúria por preconceito, pela ofensa à dignidade e a honra em razão da cor da pele.

Araújo informou que foi abordado depois de pagar as compras – um vinho e um barril de chopp -, e pouco antes de sair do mercado. Os seguranças solicitaram e ele mostrou a nota, afirmou. Mesmo assim, foi abordado novamente, já na calçada, por funcionários do mercado e impedido de partir. Os funcionários queriam que o bancário voltasse ao mercado para mostrar ao gerente que não havia furtado as mercadorias, conforme o relato da vítima.

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“Me seguraram, mandaram eu retornar ao mercado para eu mostrar a nota ao gerente. Apresentar uma vez já é um absurdo, uma vez que eu tinha acabado de pagar a compra. A segunda vez eu fiquei indignado e chamei a polícia”, disse Araújo. “Eu pensei que ia apanhar, que ia virar estatística.”

O bancário chamou então a polícia. Ao ver a viatura, o gerente ainda teria tentado uma “proposta” para encerrar a situação. “Ele viu que a viatura chegou para a gente seguir para a delegacia. A solução que ele me deu foi estornar as compras e devolver o dinheiro”.

Araújo disse ainda que o policial que atendeu o caso teria se dirigido primeiramente ao gerente do mercado, embora fosse ele, Araújo, o autor da denúncia. “Ele pediu que eu ficasse quieto para que o gerente falasse. Ou seja, nem voz eu tive.”

O mercado disse que está apurando o ocorrido e que repudia a discriminação racial e de qualquer outro tipo de preconceito. A Polícia Civil disse que vai ouvir o gerente, ouvir testemunhas e analisar as imagens das câmeras de segurança.

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