Cecília Mendonça, da Disney, marca presença no RioMarket

Diário Carioca
Mariana Bege RioMarket e Disney

Celebrando a excelência das grandes executivas brasileiras à frente das maiores plataformas digitais da América Latina, o RioMarket, que acontece no campus ESPM Glória Villa-Aymoré, abriu seu ciclo de palestras desta terça-feira (11) com uma representante do império midiático de Mickey Mouse: Cecília Mendonça, head de Conteúdo e Desenvovimento da Disney para Crianças, Jovens Adultos e Família.

A conversa com ela foi conduzida pela produtora Walkíria Barbosa, diretora do Festival do Rio. As duas trabalharam juntos em projetos como “High School Musical Brasil” (2008). A tônica do bate-papo era a circulação de conteúdos brasileiros – como a recém-lançada serie do Disney+ “O Coro”, de Miguel Falabella – por diferentes territórios latinos. Uma tônica que se alinha com o debate “pensando localmente, agindo globalmente” que alinha o evento de negócios da maratona cinéfila carioca. 

“A conexão emocional é o que faz um projeto viajar. Tenho projetos argentinos, chilenos e brasileiros hoje na Disney. Se uma série brasileira faz sucesso aqui, no Brasil, em seu território, eu já tenho um acerto. Se ela não funciona em casa, fica mais dificil viajar. Esse é um dos desafios da produção local numa empresa que tem Marvel, Pixar, Lucasfilm em sua carteira. Hoje, eu estou radicada na Argentina. Quero muito que aquilo que se faz aqui chegue lá e aos diferentes lugares onde nosso público está”, diz Cecília, que trabalha para a Disney desde os anos 1990. 

Ela falou ao RioMarket sobre projetos como “Tudo Igual Só Que Não”, baseado em “Na Porta Ao Lado”, da Luiza Trigo, e anunciou o esperado “Tá Tudo Certo”, comédia romântica do escritor Rafael Montes (de “Bom Dia, Verônica”). “Ainda estamos entendendo o que é sucesso para um projeto de streaming, que é diferente do que havia de sucesso na TV. É difícil entender o Brasil, lá fora, não apenas pelo idioma. E eu, que sou brasileira, fico tentando entender o porquê. Recentemente, a gente lançou o ‘Terra Incognita’, que teve uma performance global incrível, junto com ‘Thor: Amor e Trovão’, ‘Pinóquio’ e outros títulos. Esses outros produtos deram visibilidade para ‘Terra Incognita’. A gente tem potencial”.

Investimentos em gêneros pouco usuais no Brasil, como a ficção científica e narrativas fantásticas de bruxas (como “A Magia de Aruna”) fazem parte do projeto de Cecília para a Disney.  “A cada dois meses a gente tem um lançamento brasileiro. Uns terão uma recepção melhor do que a outra. Mas o importante é público perceber que estamos produzindo no Brasil e isso pode gerar o interesse para que as pessoas assistam os projetos de conteúdo local. Alguém tem que tomar a decisão de dar um lugar de destaque a esses projetos”, diz Cecília. “Nosso desafio é não perder a essência Globo”.

O RioMarket segue até o dia 13 de outubro no campus Glória Villa-Aymoré da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)

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