O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (6), que vai reduzir o grau de isolamento da população em cidades e estados onde os casos do novo coronavírus não tenham consumido metade dos leitos hospitalares.
A medida foi anunciada pelo secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, e está prevista para entrar em vigor em 13 de abril.
Segundo o secretário, a mudança nesses casos específicos seria do “distanciamento social ampliado”, em que todos devem se isolar, para o “distanciamento social seletivo”, quando apenas pessoas dos grupos de risco devem se manter em quarentena. As aglomerações seguem proibidas.
“A teoria de distanciamento social seletivo, em que eu abro o sistema para que populações jovens possam transitar, se infectar e criar ‘imunidade rebanho’ é razoável, não tem problema do ponto de vista metodológico, desde que tivéssemos leitos, respiradores, equipamento de proteção suficientes para que os profissionais pudessem trabalhar com segurança, que a população que vai se acidentar em um acidente de trânsito possa ter leito, bem como a gente possa ter testes”, disse Wanderson.
O representante da Saúde ressaltou que o isolamento ainda é o “único instrumento de controle” possível da doença causada pelo coronavírus. Ele afirmou que as medidas têm que ser tomadas gradual e cuidadosamente.
“Não tenho dúvida que as medidas de distanciamento social são fundamentais para que o sistema de saúde se organize. Distanciamento social não é para impedir a transmissão. Equivoca-se quem acha que seja para isso. No distanciamento social, o paciente é o sistema de saúde, não é a pessoa”.
O secretário de Vigilância pediu compreensão à população. “É fundamental que a gente tenha compreensão que essas medidas são temporárias, são específicas, localizadas e que o governo federal está fazendo de tudo para que elas sejam minimizadas ao máximo possível”.
Edição: Vivian Fernandes