Homem armado que perseguiu adolescente negro em SP também é policial

Diário Carioca
Foto: Reprodução

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) está investigando um chocante episódio envolvendo um investigador da Polícia Civil identificado como Paulo, flagrado ameaçando com uma arma um jovem negro na estação Carandiru do Metrô de São Paulo.

Veja Mais: Vídeo mostra policial fardada omitindo socorro a jovem negro: “Estou de folga, o procedimento é ligar no 190 e pedir viatura”

O vídeo do incidente, amplamente compartilhado nas redes sociais, levanta sérias questões sobre a conduta policial e a resposta de uma policial militar presente no local.


O Caso:

No último domingo (11), um vídeo divulgado pela Ponte Jornalismo mostrou Paulo, investigador da Polícia Civil, apontando uma arma para um jovem negro na porta da estação Carandiru do Metrô de São Paulo. O investigador persegue, agride e ameaça atirar no jovem, enquanto uma mulher corajosa se interpõe entre a arma e a vítima, evitando uma tragédia iminente.


Investigação em Andamento:

A SSP divulgou uma nota na quarta-feira (15) confirmando que o investigador identificado no vídeo está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Civil. A nota afirma: “A Polícia Civil, a partir do momento que tomou conhecimento do vídeo, instaurou inquérito policial e identificou o homem armado. A Corregedoria foi acionada e apura o caso.”


Histórico de Violência:

O ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Silva, revelou que o investigador tem um histórico de episódios violentos, incluindo agressões à própria irmã, que possui uma medida protetiva contra ele. Silva anunciou que pedirá o afastamento e desarmamento imediato do policial.


Policial Militar Passiva:

O vídeo também destaca a presença de uma policial militar no local, que permanece de braços cruzados durante o incidente, sem tomar qualquer atitude para conter a situação. Em um momento crucial, o jovem ameaçado procura ajuda da policial, que o afasta com um chute na barriga.


Desdobramentos:

Diante do ocorrido, questiona-se a postura da policial militar, que, ao ser indagada sobre a falta de intervenção, respondeu estar “de folga” e que o procedimento correto seria ligar para o 190 e solicitar uma viatura. O vídeo termina com um desentendimento entre a policial e um jornalista presente no local.

Este incidente destaca a urgência de avaliações rigorosas sobre a conduta policial e levanta questões pertinentes sobre a resposta das autoridades diante de casos de violência protagonizados por membros das forças de segurança. O desenrolar das investigações e as medidas adotadas terão implicações significativas na busca por uma resposta justa e transparente diante dessa perturbadora manifestação de abuso de poder.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca