O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entregou, nesta quinta-feira (13), na cidade de Salgueiro, em Pernambuco, o novo sistema de bombas da Estação de Bombeamento 3 (EBI-3). O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, também esteve presente ao evento.
“Estamos aqui para retomar o bombeamento da estação, que foi paralisado em outubro do ano passado. E, por determinação do presidente Lula, nós trabalhamos intensamente nesse semestre para que a estação voltasse a contribuir com a Transposição do Rio São Francisco, seguindo seu curso de levar água tratada a todas as pessoas na região”, ressaltou Waldez Góes.
A estrutura integra o Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) e estava paralisada desde outubro de 2022 em razão de problemas técnicos decorrentes da falta de reparos e de manutenção do sistema e em função de vibração excessiva de suas motobombas, que ocasionou desgaste nos rolamentos.
As peças de reposição necessárias para o serviço de reconstituição do sistema de bombeamento chegaram em maio deste ano. Os investimentos para conserto e manutenção da motobomba chegaram a R$ 2,2 milhões.
“É bom lembrar que a paralisação foi por falta das manutenções devidas, e isso nos obrigou a tomar todos os cuidados. Os investimentos foram feitos, e nós vamos, agora, trabalhar na recuperação da segunda bomba. Até o fim deste ano, teremos todo o conjunto de bombas restabelecido. As obras do canal de acesso, da revitalização das bacias e da nova carteira de projetos serão anunciadas em breve”, completou o ministro Waldez Góes.
Com a volta do bombeamento, a programação é restabelecer o nivelamento de água do reservatório de Negreiros (Pernambuco), depois o de Milagres (Ceará) e, em seguida, o de Jati (Ceará). “A prioridade é que esses reservatórios estejam totalmente abastecidos para que, no momento de maior necessidade dos estados, a gente tenha água acumulada para poder disponibilizar para que as operadoras estaduais possam entregar para a população”, destacou o secretário Nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Vieira.
“O presidente Lula tem um carinho muito especial por essa obra, que é um compromisso de todos os governos que ele liderou. E estamos aqui restabelecendo o funcionamento dessa etapa da estação de bombeamento e muitos investimentos serão feitos para que essa obra ganhe mais força e atinja mais pessoas”, reforçou o ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta.
“Estamos gratos pelo apoio do Governo Federal, pois o tema água é importante para todos, mas, em especial, para a população que não tem acesso à água potável. Nunca é demais lembrar que 90% da transposição foi feita por Lula e por Dilma e nosso povo, agora, volta a sonhar com a segurança hídrica, que é tão importante”, acrescentou a vice-governadora do Ceará, Jade Romero.
A estrutura A EBI-3 é um conjunto de motobombas, válvulas e acessórios interligados capazes de garantir um volume contínuo de transporte de água, entre um poço de sucção e uma área de escoamento, por meio de tubulações forçadas, tudo isso acondicionado em um prédio com três pavimentos. A partir da EBI-3, as águas do Velho Chico seguem, por meio de canais e reservatórios, até os estados da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, para abastecer a população.
As estações de bombeamento são estruturas responsáveis por elevar a água de um terreno mais baixo para outro mais alto. No Eixo Norte do Projeto São Francisco, existem três estações, com capacidade para impulsionar a água 188 metros acima do nível do São Francisco, altura que pode ser comparada a um prédio de 58 andares. A EBI-3 tem capacidade de bombear 24 mil litros de água por segundo.
Hoje, mais de 7,6 milhões de pessoas em 222 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte (os quatro estados beneficiados pela Transposição do Rio São Francisco) são atendidas pelo trecho da estação EBI-3.
O Projeto São Francisco O Projeto de Integração do Rio São Francisco é a maior obra de infraestrutura hídrica do País. Com 477 quilômetros de extensão em dois eixos (Leste e Norte), o empreendimento visa garantir a segurança hídrica de cerca de 12 milhões de pessoas em quase 400 municípios nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, onde a estiagem é frequente.