Para proteger a vida, os camponeses do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não medem esforços. “Nesse momento tão difícil, de pandemia do coronavírus e de estiagem, todos precisam doar um pouco de si para que possamos passar por isso”, declara Emerson Giacomelli, coordenador do Grupo Gestor do Arroz Agroecológico do MST.
Segundo ele, as cooperativas gaúchas do movimento vão doar 12 toneladas de arroz orgânico para compor cestas básicas que serão entregues a famílias em situação de vulnerabilidade no Rio Grande do Sul, em razão da covid-19 e uma das maiores secas já vista no estado.
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As entregas dos kits com arroz, feijão, farinha, massa, azeite e detergente começaram na quarta-feira (1) na Lomba do Pinheiro e Vila Cruzeiro, em Porto Alegre, e bairro Santa Isabel, em Viamão.
A ação integra a campanha organizada pelo Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS (Consea) e Comitê Gaúcho de Emergência no Combate à Fome, formado por representações de diversos setores que estão atuando para atender as famílias carentes, neste primeiro momento na capital e região Metropolitana.
Os produtos doados são produzidos nas cooperativas do MST / Leandro Molina
Para Sidnei Santos, da direção estadual do MST/RS, diante dessa pandemia, muitos trabalhadores são impossibilitados de exercerem suas atividades produtivas, o que leva à redução de renda e aquisição de alimentos. “Portanto, essa doação expressa a solidariedade dos assentados, e isso significa repartir aquilo que temos”, pontua.
A participação do MST na campanha começou a ser definida no dia 25 de março, quando o deputado estadual Edegar Pretto (PT) intermediou com o Executivo um pedido para que o governo gaúcho adquira produtos dos assentamentos, para distribuir às famílias que estão passando fome diante da crise do novocoronavírus.
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A proposta ao governo pede que o estado adquira os produtos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). De acordo com o deputado, há sinalização positiva sobre o pedido.
A produção do arroz orgânico é feita pelo movimento há mais de 20 anos e hoje é o maior produtor da América Latina. Conforme Santos, a maioria dessas cooperativas já realizava entregas para escolas estaduais e municipais, por meio de programas de compras institucionais.
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Ele ainda ressalta que a luta pelos direitos dos trabalhadores é válida e cada vez mais importante. E fala sobre a importância do povo defender o Sistema Único de Saúde (SUS), que na atual conjuntura não mede esforços para atender a população, mas que nos últimos anos vem sendo sucateado pelo governo federal.
Fonte: MST-RS.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Marcelo Ferreira e Leandro Melito