O professor da Universidade de Yale, engenheiro e consultor em atualização tecnológica Maurício Costa é o entrevistado do jornalista Moisés Rabinovici no programa Um olhar sobre o mundo.
O professor explica nesta edição como funciona a rede em que circula essa moeda digital que foi criada há dez anos e que se transformou num novo meio de pagamento em todo o mundo para a compra de produtos e serviços ou para transações diversas entre pessoas, sem a interferência de governos, bancos ou empresas. Um olhar sobre o mundo vai ao ar na segunda, dia 26, às 21h45, na TV Brasil.
O bitcoin, como conta o professor, existe graças à tecnologia blockchain, criada supostamente pelo japonês Satoshi Nakamoto, que pode ser um pseudônimo ou por um grupo de criadores anônimos. A ideia é permitir o envio da moeda de uma pessoa para outra sem ter que passar por qualquer intermediação de uma instituição central como um banco. As operações são realizadas e certificadas pela internet em computadores espalhados por vários países. Para fazer a circulação e a validação das transações, segundo explica o consultor, existem dentro dessa rede de computadores as mineradoras, que confirmam existência dos saldos de bitcoins e a validade das transferências entre as pessoas.
Na sua primeira década de existência a nova moeda digital chegou a experimentar uma espantosa valorização e depois uma queda também considerável nos últimos tempos. Uma das características do sistema é dificultar o rastreamento de quem possui ou participa das transações com a bitcoin pois foi concebido para garantir o anonimato e a segurança dos participantes. O livro contábil que faz o registro das movimentações digitais está espalhado em toda a rede e as contas dos usuário não são necessariamente ligadas à identidade de quem as possui.
Outra marca desse novo meio de pagamento é a volatilidade, conforme lembra o professor Maurício Costa. O valor do bitcoin pode subir ou cair muito rapidamente como em qualquer sistema onde exista o risco do investimento. Para participar da comunidade que usa o bitcoin as pessoas têm que criar uma carteira virtual com uma senha própria ou se valer de uma corretora. “Atualmente o ato de pagar ou ato de guardar está cada vez mais simples”, assinala o professor. Usa-se cada vez menos o dinheiro de papel. O bitcoin, assim como outras criptomoedas que surgiram, tende a afetar radicalmente a forma com que as pessoas se relacionam dentro do novo mundo tecnológico.
Serviço
Um olhar sobre o mundo – segunda-feira, dia 26, às 21h45, na TV Brasil