Brasil recebe cientistas ucranianas refugiadas

Diário Carioca
A cientista ucraniana Zhanna Virna Divulgação PUCPR

Acolher e integrar pesquisadores ucranianos na comunidade científica paranaense. Esse é o objetivo de programa da Fundação Araucária, do governo do estado, que está convocando pesquisadores do país do Leste europeu para atuarem no Brasil. Trata-se de uma iniciativa humanitária de internacionalização da ciência. A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) é uma das instituições de ensino que estão de portas abertas para os pesquisadores. 

Selecionada pelo programa, a professora Zhanna Virna desembarcou no Brasil no início de julho para trabalhar no câmpus de Curitiba da PUCPR. “A PUCPR tem uma longa experiência de internacionalização e temos certeza de que o trabalho da professora Virna veio para somar às pesquisas que já são desenvolvidas na Universidade. A troca de conhecimentos é bastante enriquecedora”, afirma Patrícia Lupion Torres, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCPR. 

Moradora de Lutsk, no Noroeste do país, após o início da guerra contra a Rússia a docente se refugiou na Polônia, onde ficou sabendo do programa da Fundação Araucária por meio de uma publicação no site do Ministério da Ciência e Educação da Ucrânia. Doutora na área de Educação, Virna tem a violência nas escolas como tema de estudo. 

“Estou gostando muito do Brasil, mas ainda sinto bastante saudade da Ucrânia. Tenho familiares e amigos que ficaram por lá”, comenta Virna, que ainda não fala português, mas está fazendo aulas. 

A cientista ucraniana Zhanna Virna e Irmão Rogério Renato Mateucci, reitor da PUCPR Divulgação PUCPR
A cientista ucraniana Zhanna Virna e Irmão Rogério Renato Mateucci, reitor da PUCPR Divulgação PUCPR

Os pesquisadores ucranianos contemplados pelo programa da Fundação Araucária recebem uma bolsa e o contrato é de dois anos. Outras duas professoras ucranianas também estão no Paraná – uma em Londrina e outra em Medianeira. 

“A esperança nos dá força e energia para esse período aqui no Paraná”, conclui a professora

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