IDEFLOR-Bio realiza terceira soltura de ararajubas

Diário Carioca

O Projeto já reintroduziu 27 indivíduos na capital, e assegura o monitoramento contínuo das aves

Mais cinco ararajubas passam a colorir os céus da capital do Estado do Pará. O Projeto de “Reintrodução e Monitoramento das Ararajubas nas Unidades de Conservação da Região Metropolitana de Belém – Belém Mais Linda!”, do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), realizou a terceira soltura das aves, concluindo a primeira etapa da iniciativa de conservação e proteção da espécie, considerada em extinção.

Foto: Marcelo Seabra/Ag.Pará
Foto: Marcelo Seabra/Ag.Pará

“Ver as Ararajubas voando saudáveis com brilho nas penas e com qualidade de vida nos traz um sentimento de esperança e reforça a importância das Unidades de Conservação do Estado, dos projetos de pesquisa, da educação ambiental e do desenvolvimento sustentável. Todo o esforço da equipe para reintroduzir as espécies ameaçadas de extinção é extraordinário”, ressalta Karla Bengtson, Presidente do IDEFLOR-Bio.

Foto: Marcelo Seabra/Ag.Pará
Foto: Marcelo Seabra/Ag.Pará

As cinco aves, três machos e duas fêmeas, chegaram ao Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna” em 2019, muito debilitadas, sem penas nas asas e sem condições de voo. Elas são provenientes de apreensão por órgãos ambientais e doação de zoológico dentro do Estado do Pará. 

As belas aves que ganharam o céu da Região Metropolitana de Belém chegaram ao Parque do Utinga, em 2019, sem condições de voo. O projeto de “Reintrodução e Monitoramento das Ararajubas …” iniciou em 2017 e ao longo dos anos reintroduziu 20 indivíduos que são continuamente monitorados na Região Metropolitana de Belém (RMB).

Foto: Marcelo Seabra/Ag.Pará
Foto: Marcelo Seabra/Ag.Pará

A Ararajuba é uma espécie endêmica do bioma amazônico ameaçada de extinção e considerada “vulnerável”, segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), do Ministério de Meio Ambiente e a Resolução Coema n° 54. 

De acordo com Crisomar Lobato, engenheiro florestal e diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, cerca de 80% da espécie natural das aves vive no Pará, o que reforça a importância do trabalho de conservação e proteção da espécie. No Estado do Maranhão e Amazonas também há registros da presença das aves. 

“Elas são lindas, raras e marcantes. Devem ser apreciadas e protegidas por todos. Já temos uma geração belenense de ararajubas reproduzidas após as primeiras solturas. Precisamos conscientizar a população que as aves não podem ser capturadas. Quem captura para vender tem culpa tanto quanto quem compra as espécies”, reforça o engenheiro Crisomar Lobato, pois que o comércio ilegal de animais é um dos principais responsáveis pela extinção das espécies. 

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