O Museu de Ciências da Terra (MCTer) do Serviço Geológico do Brasil (SGB), situado no bairro da Urca, na cidade do Rio de Janeiro, lançará no próximo dia 29 de março uma exposição em sala especial para apresentar um acervo raro, incluindo peças seculares de diversas partes do mundo, que deve atrair centenas de visitantes. A partir de quarta-feira, às 10h, cariocas e turistas terão acesso à exposição “Meteoritos: Fragmentos da História do Sistema Solar”, que apresentará a coleção do MCTer e ficará aberta ao público até o mês de agosto, incluindo ainda a realização de atividades lúdicas e educativas sobre o tema para interagir com os visitantes.
Serão expostos 20 fragmentos vindos de um acervo de 60 meteoritos catalogados no MCTer e um do Museu das Minas e do Metal (MM Gerdau), o Bocaiúva. Um dos destaques da exposição é o meteorito Crateús, que pesa 27,5 quilos e é um dos maiores do acervo. O fragmento foi encontrado em 1909 na cidade de Crateús, no Ceará, e adquirido pelo SGB em 1914. Também fará parte da mostra as 14 peças fragmentadas do meteorito Sete Lagoas, localizadas em Minas Gerais, em 1908.
Os visitantes também poderão conhecer o maior meteorito de ferro encontrado em solo brasileiro: o siderito Bendegó, que pesa mais de cinco quilos e foi encontrado no sertão da Bahia, no ano de 1784. A coleção dos meteoritos tem origem no Brasil e em outros seis países: Argentina, Chile, Estados Unidos, México, Letônia e Ucrânia.
O acervo do MCTer é considerado de grande importância histórica por reunir exemplares importantes de coleta e pesquisa geológica no século 1920, resultado do empenho de geólogos brasileiros, e também por abrigar amostras de toda parte do mundo, algumas de especial beleza e raridade.
Saiba mais sobre o MCTer
Criado em 1907, o Museu de Ciências da Terra do Serviço Geológico do Brasil abriga o mais importante acervo do patrimônio geológico e paleontológico do país. Seu acervo contempla amostras de minerais, rochas e meteoritos, bem como exemplares de fósseis de plantas e animais. Além disso, possui uma biblioteca com mais de 90.000 volumes, principalmente dedicados às áreas de petrologia, mineralogia e paleontologia, além de coleções de periódicos de diversos serviços geológicos de todo o mundo. Essas amostras, coletadas nos mais diversos pontos do território nacional, incluem centenas de espécimes que foram reconhecidos e classificados, pela primeira vez, no Brasil.
Para quem quer aprender e saber sobre o mais importante acervo do patrimônio geológico e paleontológico do Brasil, é possível ter acesso simples e rápido, pela internet. Reconhecido pelas realizações e incentivo a pesquisas científicas, o MCTer foi integrado, no ano passado, ao acervo do Google Arts & Culture, plataforma tecnológica que torna a arte mais acessível aos usuários, possibilitando visitas virtuais a diversos museus em diferentes lugares do mundo. A visita on-line pode ser feita por meio do Link.
Os visitantes do MCTer no Google Arts & Culture podem ter acesso a seis coleções temáticas: A história do Prédio e seus Elementos Arquitetônicos; o Museu de Ciências da Terra e seu Acervo Geral, contemplando sua documentação histórica e seus instrumentos e equipamentos antigos; a coleção de Minerais e Rochas, que representa a história das Geociências no Brasil; a coleção de Fósseis, reconhecida como uma das mais antigas e completas coleções paleontológicas do Brasil; a coleção de Meteoritos, que o Museu de Ciências da Terra tem como tradição em sua conservação e pesquisa; e a História do Meteorito brasileiro Bendegó.
Serviço
Exposição – Meteoritos: Fragmentos da História do Sistema Solar — a Coleção do Museu de Ciências da Terra
Local: Museu de Ciências da Terra, Avenida Pasteur 404, Urca, Rio de Janeiro
Duração: de 29 de março a 28 de agosto de 2023
Horário: de quarta a sábado, das 10h às 16h
Entrada gratuita