Há duas semanas, o governador Gavin Newsom anunciou que estava a caminho ajuda para as pessoas que desejam fazer o teste do coronavírus. Um laboratório comercial chamado Quest Diagnostics, ele disse, processaria 1.200 testes por dia em suas instalações em San Juan Capistrano e rapidamente aumente a produção para 5.500 por dia. “Estamos aumentando nossa capacidade a cada hora”, disse Newsom. No entanto, não eram apenas Newsom e os californianos contando com o laboratório Capistrano da Quest. Hospitais, médicos e governos em todo o país estavam sendo incentivados pela empresa e funcionários federais a enviar testes COVID-19 para o laboratório único do sul da Califórnia para processamento. Membros do Corpo de Bombeiros de Los Angeles usam equipamentos de proteção enquanto entregam kits de teste de coronavírus para pessoas próximas ao Dodger Stadium (Mel Melcon / Los Angeles Times) O dilúvio de amostras causou um gargalo que atrasou os prazos de entrega dos resultados em um momento crítico, quando os médicos estavam lutando para identificar aqueles que foram infectados, inclusive entre seus próprios funcionários, para conter a propagação do vírus. destacam outra falha precoce no processo de testes afetados pelo problema: a incapacidade dos laboratórios comerciais de acelerar rapidamente o processamento dos testes, apesar das promessas de Newsom e de outros políticos. A espera pelos resultados dos testes chegou a oito dias nos Especialistas em Medicina de Emergência do Condado de Orange, onde os médicos temem que os pacientes possam ter infectado membros da equipe. Sem os resultados oportunos dos testes da Quest, é incerto se eles devem continuar cuidando dos pacientes, disse o médico David Merin, médico de pronto-socorro. “Depois de expostos, você apenas os ajuda a lidar com a doença?” Merin perguntou. “Ou retirá-los do trabalho até que tenham respostas?” Os laboratórios comerciais foram vistos como um componente crucial no processo de teste complexo e distante. O principal executivo da Quest, Stephen Rusckowski, estava entre os executivos da área de saúde que apoiaram o presidente Trump em 13 de março, quando Trump anunciou “uma nova parceria com o setor privado para aumentar e acelerar enormemente nossa capacidade de testar o coronavírus”. Certifique-se de que aqueles que precisam de um teste possam fazer um teste com muita segurança, rapidez e conveniência ”, disse Trump. Um passageiro faz um teste de coronavírus em uma unidade de testes para residentes do Coachella Valley no estacionamento da igreja Southwest em Indian Wells (Gina Ferazzi / Los Angeles Times) Mas os laboratórios comerciais têm se esforçado para atender às expectativas, já que o processo de teste, que já está cheio de problemas, expôs suas deficiências. Eles e os laboratórios públicos e hospitalares que processam os testes COVID-19 estão com poucos técnicos e produtos químicos essenciais. E há duas semanas, eles até pediram mais fundos depois que o vice-presidente Mike Pence prometeu que os testes seriam gratuitos para todos os americanos. “Os testes gratuitos para COVID-19 foram prometidos agora ao povo americano”, Julie Khani, presidente do American Clinical Laboratory Assn., escreveu em uma carta aos líderes do congresso. “Os laboratórios não devem arcar com o custo dos testes” gratuitos “”. Há sinais de que os testes estão acelerando. Wendy Bost, porta-voz da Quest, disse que o laboratório Capistrano agora está processando “vários milhares” de testes por dia. “Nossa equipe está trabalhando 24 horas por dia”, disse ela.Ela disse que a empresa também fez recentemente alterações que permitem que os testes COVID-19 sejam processados em outros 11 laboratórios da Quest em todo o país, reduzindo a dependência das instalações do sul da Califórnia. , a outra grande empresa de laboratório, agora está processando os testes em apenas quatro de suas instalações, nenhuma na Califórnia. “Estamos buscando todas as possibilidades de aumentar nossa capacidade tanto em nossos laboratórios de testes atuais quanto em nossos outros laboratórios”, um porta-voz da LabCorp disse em um email na quinta-feira. Ele disse que o tempo médio de espera pelos resultados era de quatro ou cinco dias. Newsom disse em uma entrevista coletiva quarta-feira que tinha uma força-tarefa trabalhando para aumentar os testes. De acordo com dados da Califórnia, na quarta-feira à tarde, 77.800 testes haviam sido conduzidos pela Quest, LabCorp, Kaiser, Stanford, Universidade da Califórnia e outros laboratórios, mas os números mostram problemas contínuos: os resultados não foram recebidos em 57.400 desses testes. “Uma coisa é fazer o diagnóstico”, disse Newsom. “É mais uma palavra de volta”. Com dezenas de milhares de pacientes aguardando seus resultados, os funcionários públicos não sabem até que ponto o vírus se espalhou e que esforços são necessários para responder. E os pacientes geralmente não percebem que suas amostras podem ser enviadas a centenas ou milhares de quilômetros para processamento. Em Oregon, o Dr. Bob Dannenhoffer, o oficial de saúde pública do Condado de Douglas, disse na quinta-feira que ainda não havia recebido resultados de amostras colhidas nove dias antes em uma estação de teste drive-through no recinto de feiras do condado e enviado ao laboratório de Quest em Capistrano. “Estamos no telefone o dia todo com eles”, disse Dannenhoffer, referindo-se aos funcionários da Quest em Capistrano. “Eles estão tentando, mas também não sabem” quando os resultados serão enviados. Uma enfermeira de terapia intensiva do Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, disse que os resultados ficaram para mais de uma dúzia de pacientes. “Por dias e dias, ainda não temos resultados”, disse ela. Ela acrescentou que não sabia para onde as amostras haviam sido enviadas para processamento. Ela entrega as amostras para os transportadores, disse ela, onde entra na “caixa preta”. “As famílias estão ficando bravas, mas, neste momento, não há nada que possamos fazer”, disse ela. Mesmo a amostra de teste de um paciente que foi enviado para um laboratório em Utah acabou na longa fila do laboratório de Quest em Capistrano.Nathaniel Rankin, um homem de 34 anos com deficiência de Portland, Oregon, disse que sua amostra foi originalmente enviada para os laboratórios da ARUP em Salt Lake City. Mas esse laboratório, uma organização sem fins lucrativos afiliada à Universidade de Utah, parou de aceitar amostras em 16 de março, quatro dias depois de começar a aceitá-las, segundo seu site. O ARUP disse que enviou algumas das amostras não processadas que recebeu para outros laboratórios. Rankin tentou se auto-isolar, mas por causa de suas deficiências, permitiu que trabalhadores de saúde em casa entrassem em seu apartamento. Enquanto esperava os resultados dos testes, ele disse que sua tosse e febre pioraram, forçando-o a ir a uma sala de emergência. Rankin, cuja provação foi relatada pela primeira vez pelo Oregonian, finalmente obteve os resultados de seu teste em 25 a 13 de março, dias após o teste. Os resultados foram negativos. A documentação do teste dizia que a amostra havia sido processada no laboratório Capistrano da Quest, disse ele. O porta-voz da Quest disse que ela não sabia se o processamento estava demorando mais no laboratório San Juan Capistrano da empresa do que em outras instalações. Ela disse que agora leva em média quatro ou cinco dias para obter os resultados de um teste COVID-19 de um laboratório da Quest. “Para alguns provedores, pode demorar uma semana”, disse ela, “para outros, pode demorar um dia ou dois”. Ela disse que, devido ao atraso, a empresa está priorizando amostras para pacientes hospitalizados e trabalhadores hospitalares com sintomas. A escritora Jaclyn Cosgrove contribuiu para este relatório.
Testes de coronavírus crescem, prolongando o tempo de espera para obter resultados
