A influência da obra do nova-iorquino Jean-Michel Basquiat reverbera gerações de artistas no mundo todo e, no Brasil, não poderia ser diferente. Novos artistas prestaram sua homenagem ao americano na exposição Basquiat, atualmente exposta que acontece no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo até 7 de abril. O mesmo acontecerá durante a mostra de Basquiat nos CCBBs de Brasília (de 21 de abril a 1o de julho), Belo Horizonte (14 de julho a 26 de setembro) e Rio de Janeiro (12 de outubro a 8 de janeiro de 2019).
Logo na entrada da mostra, assim como acontece em São Paulo, será criada uma reprodução de um atelier, com objetos cênicos e táteis que fazem referência às influências e ao universo do Basquiat. Além das três obras interativas criadas por OSGEMEOS, Alex Hornest e Rimon Guimarães, haverá também trabalhos de Fefe Talavera, Saci Pedro, Nunca, Mag Magrela, Raphael Sagarra (Finok), Carlos Dias/Aoseualcance, Ise, Herbert Baglioni e Rodrigo Branco. Assim como Basquiat, eles começaram sua produção artística nas ruas, mas hoje estão em museus e galerias de arte.
Neste mesmo ambiente, três grandes quadros em branco pendurados na parede atiçam a curiosidade dos visitantes. Na frente de cada uma delas, uma mesa baixa com o relevo de uma obra. Ao deslizar o dedo sobre a mesa, a tela na parede começa a ganhar vida, revelando uma pintura, como Bebop (2018) do OSGEMEOS. Para a ambientação sonora, foi criada uma lista de músicas bastante eclética, com os principais músicos e gêneros que influenciaram a obra de Basquiat.
Sobre a exposição Basquiat – Com mais de 80 peças, entre quadros, desenhos, gravuras e pratos pintados, a incrível retrospectiva Jean-Michel Basquiat foi concebida com obras da família Mugrabi, dona das maiores coleções de Basquiat e também Andy Warhol. A vinda desse acervo tão qualificado ao Brasil, em quatro capitais, levou cerca de dois anos de negociações. Nas palavras do curador da exposição, Pieter Tjabbes “Basquiat é um dos maiores artistas de ascendência afro-caribenha e é exaltado em todo o mundo. Ele é, fundamentalmente, um artista de Nova Iorque. Sua obra personifica o caráter da cidade nos anos 70 e 80, quando a mistura de empolgação e decadência da cidade criou um paraíso de criatividade. Sua obra reflete os ritmos, os sons e a vida da cidade. Ela sintetiza o discurso artístico, musical, literário e político de Nova Iorque durante este período tão fértil”.