Nova York, 16 nov (EFE).- O autorretrato de Frida Kahlo “Diego y yo” estabeleceu um preço recorde para uma obra de um artista latino-americano em leilão nesta terça-feira, ao ser arrematado na casa Sotheby’s, em Nova York, por US$ 34,9 milhões.
O quadro, de 30 centímetros de altura e 22,4 centímetros de largura, é um autorretrato em primeiro plano de Frida Kahlo que foi concluído em 1949, alguns anos antes de sua morte.
Vendida pela última vez há três décadas, a obra simboliza a tempestuosa relação entre Frida e Diego Rivera, que aparece desenhado na testa da artista mexicana e que, por sua vez, tem um terceiro olho, um elemento com o qual ela tenta representar a presença contínua de seu marido em sua mente.
“O preço alcançado nesta noite coloca Frida Kahlo no centro do palco ao lado dos grandes titãs da história da arte, e como uma das artistas mais cobiçadas no mercado atual”, disse a Sotheby’s em um comunicado divulgado ao final do leilão.
As identidades tanto do comprador quanto do vendedor não foram reveladas.
O valor do arremate bateu o recorde anterior de venda de uma obra da artista mexicana, que era de US$ 8 milhões por “Dos desnudos en el bosque (La tierra misma)”, leiloado em 2016.
Além disso, o quadro estabeleceu um novo recorde para uma obra de um artista latino-americano, superando, curiosamente, “Los Rivales”, do próprio marido da pintora, Diego Rivera. Esse óleo sobre tela foi vendido na casa Christie’s, em 2018, por US$ 9,76 milhões.
“Diego y yo” também havia feito história na última vez em que foi leiloado, em 1990, quando foi vendido por US$ 1,4 milhão. Na ocasião, foi a primeira vez que uma obra de um artista latino-americano havia ultrapassado US$ 1 milhão em um leilão. EFE
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