Ambulantes e representantes do Movimento Unido dos Camelôs (Muca) fizeram nesta terça-feira (15) uma manifestação em frente à sede administrativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, no centro da cidade, para pedir que o prefeito Eduardo Paes (PSD) cumpra promessas feitas à categoria durante sua campanha eleitoral.
Ambulantes, que pediram para ter suas reivindicações ouvidas por representantes do poder público, também ocuparam a Secretaria municipal de Fazenda, que tem à frente como secretário o deputado federal Pedro Paulo (Dem).
“Nós anunciamos a ocupação e o secretário Pedro Paulo já está sabendo que estamos aqui. Ele quer que a gente converse com assessores, mas nós só sairemos daqui hoje depois de falar com ele ou com Eduardo Paes. Não queremos falar com nenhum outro secretário”, disse, mais cedo, a coordenadora do Muca, Maria dos Camelôs.
Nesta tarde, os ambulantes e o Muca foram recebidos por representantes da Prefeitura do Rio para uma reunião. Os mandatos dos vereadores Tarcísio Motta e Chico Alencar, ambos do Psol, participaram do ato no centro da cidade.
No início de fevereiro, a Prefeitura do Rio anunciou que pagará, em parcela única, um auxílio de R$ 500 aos ambulantes por conta do cancelamento do Carnaval. O Muca alega que o auxílio pago deveria ser de R$ 1.000,00 e que o pode público precisa ampliar o número de trabalhadores atendidos pelo benefício.
Outras pautas
O Muca também quer que a Prefeitura derrube decretos para remover os camelôs de algumas áreas do centro da cidade por conta do programa Reviver Centro, que os boxes de trabalho retirados da rua Nelson Mandela, em Botafogo, e do Gardênia, em Jacarepaguá, sejam recolocados no local. Os ambulantes também querem que a Prefeitura crie depósitos públicos para mercadorias dos trabalhadores.
Os ambulantes também pedem a retirada da Secretaria de Ordem Pública (Seop) das decisões sobre políticas públicas para a categoria. O Muca disse, em comunicado, que após as eleições e durante os anos de 2021 e início de 2022 “já é perceptível o aumento na repressão com nossa categoria, que passa por um dos momentos mais difíceis”.
“É fácil entender quando lembramos que a pandemia reduziu a circulação de pessoas, mas também aumentou o desemprego e fez mais pessoas se voltarem ao trabalho informal. Isso se soma ao fim do carnaval, que é em nosso meio a época do ano em que mais lucramos. A renda que garante a compra do material didático da escola dos nossos filhos, o pagamento das dividas e dos impostos”, afirma o movimento