Os desfiles de blocos de carnaval deste domingo, 19/02, no Rio, começaram cedo para os foliões: no Leblon, na Zona Sul da Cidade, uma multidão já se formava por volta das 7h, horário de concentração do Bloco Areia, que desfilou com muita empolgação para comemorar seus 20 anos. Um pouco mais tarde, espaços como o Aterro do Flamengo, local de desfile do Bangalafumenga, e a Praça Quinze, endereço do Baile Multicultural do Cordão do Boitatá, também concentravam milhares de foliões. Ao todo, se apresentaram neste domingo 51 blocos de rua autorizados pela Prefeitura.
Além do Bangalafumenga, que apresentou clássicos da MPB no enredo “Brinco sem dinheiro, como é bom ser brasileiro”, comandado pelo cantor Rodrigo Maranhão, outros destaques da Zona Sul foram os blocos Que Merda É Essa e Simpatia é Quase Amor, ambos cortejos de Ipanema. Xodó da Piedade (Piedade); Perereca do Grajaú (Grajaú) e Marcha Nerd (Tijuca) estão entre blocos que animaram a Zona Norte, enquanto a Banda da Conceição atraiu foliões para a Saúde.
A democracia e da paz deram o tom do 17º Baile Multicultural do Cordão do Boitatá, um dos blocos pioneiros do Carnaval de Rua do Rio, reconhecido como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado. Mariana Baltar e dezenas de convidados, entre eles os músicos Moyses Marques, Teresa Cristina, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Jongo da Serrinha e integrantes da orquestra do Bloco Amigos da Onça dividiram o palco montado na Praça Quinze para apresentar canções de Chico Buarque, Maestro Moacir Santos, Gilberto Gil, Gal Costa e Moraes Moreira.
Perto dali, na Praça Tiradentes, a festa aconteceu na parte da tarde, com o desfile do bloco Toca Rauuul, que comemorou aniversário de 10 anos no palco montado no local. Os integrantes do bloco, que homenageia o cantor e compositor Raul Seixas, eram só alegria. Afinal, além do aniversário, 2023 também marca a volta do carnaval de rua depois de dois anos de incertezas por conta da pandemia de covid-19.
Quem quiser curtir a folia nas ruas da cidade este ano vai encontrar o maior esquema operacional já produzido até hoje para a grande festa. O público estimado de foliões nas ruas da cidade para este ano é de cinco milhões de pessoas. Haverá oito postos médicos fixos, dois a mais que em 2020. Destes, a metade com equipes da prefeitura e o restante de equipes privadas contratadas pela Dream Factory, empresa responsável, desde 2010, pela infraestrutura e pela produção do Carnaval de Rua do Rio de Janeiro. Ao todo, serão dois postos médicos fixos no Centro; quatro na Zona Sul (incluindo novos pontos na Gávea e no Aterro); um na Barra; e um no Recreio.
Além dos postos médicos, o folião vai contar com 220 ambulâncias e 34 mil posições sanitárias, entre banheiros químicos e mictórios, posicionados por onde passarão os blocos, sendo 10% para pessoas com deficiência (PCDs). O número de operadores de trânsito mais do que dobrou, neste ano serão 3.250 agentes, em 2020 foram 1.500. E para ajudar na limpeza da cidade, a Comlurb vai disponibilizar a maior estrutura já utilizada pela companhia durante o carnaval, com 2550 garis, carros-pipa, equipamentos de higienização de urina, varredeiras de grande, pequeno e médio porte e mil contentores de 240 litros.
Até o fim do mês, a cidade terá mais de 400 desfiles realizados. E para ajudar a encontrar a folia de rua perfeita para você, a Riotur preparou um aplicativo com todas as informações sobre os blocos do calendário oficial da Prefeitura. Para saber trajetos e horários, é só baixar o “Partiu Bloquimmm”, disponível nas plataformas digitais.