A mais nova animação dos Estúdios Disney, Frozen – Uma Aventura Congelante, é uma das mais encantadoras dos últimos anos. Há muito que não se via a magia e o encanto que mexiam com o imaginário das crianças. Isso está de volta.
O filme, indicado ao Globo de Ouro, é uma adaptação do conto “A Rainha do Gelo” de Andersen, com alterações bastante drásticas. Aqui, a caçula Anna (Kristen Bell/Gabi Porto) adora sua irmã Elsa (Idina Menzel/Taryn Szpilman), mas um acidente envolvendo os poderes especiais da mais velha, durante a infância, fez com que os pais as mantivessem afastadas. Após a morte deles, as duas cresceram isoladas no castelo da família, até o dia em que Elsa deveria assumir o reinado de Arendell. Com o reencontro das duas, um novo acidente acontece e ela decide partir para sempre e se isolar do mundo, deixando todos para trás e provocando o congelamento do reino. É quando Anna decide se aventurar pelas montanhas de gelo para encontrar a irmã e acabar com o frio.
Logo nos primeiros minutos, percebi que teríamos algo como os clássicos longas de animação da Disney. Só pelo fato de haver uma espécie de prólogo (bastante longo) com canções, já ganhou minha atenção. E, por falar nas canções, são lindíssimas. Boa música sempre mexe comigo.
As imagens são encantadoras, dignas de um bom conto de fadas. Cenários bem elaborados, efeitos visuais de tirar o fôlego. Destaque para a criação do castelo de gelo. Confesso que soltei a palavra “MAGNÍFICO”, em voz alta, no cinema.
Os personagens são cativantes, longe de serem um monte de caricaturas prontas a tirarem risadas do espectador, fórmula que vem fazendo muito sucesso desde o advento da computação gráfica. Em Frozen, o que se vê é a mais pura criação de seres sem a menor intenção de forçar o espectador a nada. É claro que temos o alívio cômico, que, no caso, é o divertido boneco de neve Olaf. Mas os demais personagens mantém a sobriedade necessária à história.
O roteiro parecia ser o ponto fraco do filme, já que apontava apenas um conflito psicológico entre as irmãs, e que, facilmente, chegaria a um final previsível. Mas foi aí que me surpreendi. Há uma reviravolta primordial para destruir minha perspectiva até então.
Se o filme não é superior às grandes animações do gênero, pelo menos, desde “Enrolados”, (e, até então, não havia nada parecido) que não mergulho naquilo que considero o verdadeiro mundo de Walt Disney: a mais pura magia.
Na próxima semana, farei uma análise do resultado do Globo de Ouro. A premiação ocorre no próximo domingo (12). Fiquem ligados!