Nesta terça-feira (16/6), o segundo episódio do Café Filosófico Expresso traz uma discussão sobre o tema Orgulho Clandestino. Parte da série 7 pecados na literatura, a edição inédita analisa – por meio do livro Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector – de qual forma a vaidade se apresenta e é vista nos dias atuais. Vai ao ar às 23h, na TV Cultura.
Em Felicidade Clandestina, uma personagem se depara com um acontecimento extravagante quando se sentia amando um Deus que seria seu contraste. Esse Deus seria apenas um modo operante de sua reflexão: “Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe (…) Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante”.
De acordo com a crença cultivada pela cultura judaico-cristã, a vaidade em relação aos próprios feitos e conquistas deve ser reprimida. Em um trajeto do Vista Café ao Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC USP), Mônica Broti e Maurício Gomes conversam sobre como a experiência de valorizar conquistas foi reorganizada na contemporaneidade.
Sobre o Café Filosófico Expresso
7 pecados na literatura. Um encontro entre duas pessoas que se deslocam em uma metrópole. E dialogam sobre o mundo. E tomam café. Ou chá. Ou cachaça. Uma bebida curta. Expresso é uma série do Café Filosófico CPFL, programa de TV produzido pelo Instituto CPFL e exibido na TV Cultura. Cada episódio do Expresso tem cerca de 25 minutos. A série de lançamento é baseada na lista dos 7 pecados. Cada episódio trata de um dos vícios da lista e usa a literatura como procedimento de problematização. Quais são os repertórios narrativos que organizam as compreensões de pecado e de paixão?
Realização: Fundação Padre Anchieta, Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal – Lei de Incentivo à Cultura.