Saiu o diretor Rupert Wyatt e entrou Matt Rivers. Resultado: Planeta dos Macacos: o Confronto é tão bom ou melhor que o anterior.
Quinze anos após a conquista da liberdade, César (Andy Serkis) e os demais macacos vivem em paz na floresta próxima a San Francisco. Lá eles desenvolveram uma comunidade própria, baseada no apoio mútuo, para que possam se manter. Enquanto isso, os humanos enfrentam uma das maiores epidemias de todos os tempos, causada por um vírus criado em laboratório, chamado vírus símio. Diante disto, um grupo de sobreviventes liderado por Dreyfus (Gary Oldman) deseja atacar os macacos para usá-los como cobaias na busca por uma vacina. Só que Malcolm (Jason Clarke), que conhece bem como os macacos vivem por ter conquistado a confiança de César, deseja impedir que o confronto aconteça.
Manter o bom nível do primeiro filme não era das tarefas mais fáceis, portanto não estava exigindo que isso acontecesse. Se fosse um filme apenas regular, já estaria satisfeito. Temia que dessa vez os efeitos visuais fossem se sobrepor ao roteiro, já que a ideia era apresentar os macacos como uma comunidade pensante. Mas o que há é uma união perfeita entre os efeitos e a trama. Toda a qualidade técnica é indiscutível, mas nada é gratuito. Tudo está na medida certa. Não há exageros!
O roteiro (mesmo sendo uma ideia já batida) é muito bem desenvolvido. Nos faz pensar no quanto os diferentes meios sociais são excludentes. Em tempos de conflitos, guerras, é importante pensar: será que a causa do outro é menos importante que a minha, a ponto de não haver possibilidade nenhuma de diálogo? Em Planeta dos Macacos: o Confronto, vemos que apenas uma coisa gera a guerra: o ódio. É claro que esse ódio é despertado depois de uma série de ações, mas a tolerância é a solução para a paz. O líder dos macacos, César, apresenta o que é liderar. Alguns humanos precisam ver esse filme.
O único ponto que questiono é a atuação de Jason Clarke. Faltou muito de sentimento e emoção em um personagem que age mais com o coração do que com a razão. Uma pena, mas com Andy Serkis e Gary Oldman, o sucesso do elenco está garantido.
Quem quiser se divertir e ainda refletir, Planeta dos Macacos: o Confronto é uma boa pedida. Como disse um amigo, é melhor “blockbuster” do ano!
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Até a próxima!